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24 de abril de 2025

A estrada para Oz (e como os caminhos da vida levam a lugares inesperados)

Não vou mentir: retomar o hábito de ler e escrever no Estante da Nine têm sido difícil. Depois de anos e anos de caos e vida desorganizada colocar tudo em ordem requer tempo e estou me permitindo seguir um passo e uma meta de cada vez. Exatamente por isso encaro 2025 como um segundo momento na história do blog e do canal e espero compartilhar muitas leituras incríveis por aqui a partir de agora.

A experiência de hoje é com o quinto volume da série de L. Frank Baum. Em A estrada para Oz o autor trabalha alguns temas importantes, parte do ponto sobre não pegar um caminho conhecido e coloca junto a Dorothy personagens bem peculiares, especialmente o Homem Maltrapilho. A protagonista, como nas histórias anteriores, tem uma personalidade marcante, e seu tom transita entre uma criança esperta e uma garota intransigente.


27 de dezembro de 2024

A quarta aventura de Dorothy e o reencontro com Oz!

É dia de voltar com as atualizações do Estante da Nine e compartilhei no vlog de leitura minha quarta experiência com L. Frank Baum. Dorothy e o mágico de Oz reúne os dois protagonistas iniciais da série e tem uma proposta interessante já que esse reencontro foi um pedido dos leitores. A jornada desse volume não me envolveu como os anteriores, mas enredo discute vários temas importantes, como a própria afirmação de Oz de ser uma mentira, um trapaceiro, e ainda ser admirado por muitos. 2024 ficou abaixo da expectativa para as leituras e por ai?


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Vlog de leitura com as impressões gerais do quarto livro do 

Mundo de Oz de L. Frank Baum

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10 de agosto de 2024

Lendo Ozma de Oz de L. Frank Baum e a volta do canal!

O blog e o canal estão de volta e o vídeo de hoje para o projeto Leitura todo dia é sobre o livro Ozma de Oz de L. Frank Baum, a terceira aventura na Terra de Oz! Mais uma vez tive uma boa experiência com o enredo e o temas abordados pelo autor, pelo desenvolvimento dos novos personagens ao longo da aventura e dos desafios para que cada um atinja seu objetivo. Ozma de Oz é uma leitura que funciona para crianças e adultos e estou adorando compartilhar essa jornada com a série no Estante da Nine.

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Vlog de leitura sobre o livro de L. Frank Baum

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18 de junho de 2023

A comédia humana de William Saroyan


A comédia humana
Autor: William Saroyan
Tradutor: Alex Viany
Editora: Abril Cultural
Edição: 1980
Páginas: 268
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LEIA TAMBÉM
O espião que saiu no frio de John Le Carré

Uma sequência de quadros simples, cotidianos, que emolduram as experiências humanas e de trabalho do adolescente Homero Macauley, estafeta de uma agência postal e telegráfica. Um retrato pungente, poético, de uma pequena cidade da Califórnia e o drama de um jovem sensível que se vê de repente chefe de uma família dizimada pela guerra. Algumas das páginas mais tocantes da moderna ficção americana.

 

14 de junho de 2021

A desconhecida de Peter Swanson



A desconhecida
Autor: Peter Swanson
Editora: Novo Conceito
Tradutor: Leonardo Gomes Castilhone
Edição: 2015
Páginas: 288 
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LEIA TAMBÉM
A lista do nunca de Koethi Zan
Uma história sombria, em uma atmosfera romântica e um quê de Hitchcock, sobre um homem que fora arrastado para uma trama irresistível de paixão e assassinato quando um antigo amor reaparece.de mentiras. Em uma noite de sexta-feira, a rotina confortável e previsível de George Foss é quebrada quando, em um bar, uma bela mulher senta-se ao seu lado. A mesma mulher que desaparecera sem deixar vestígios vinte anos atrás. Agora, depois de tanto tempo, ela diz precisar de ajuda e George parece ser o único capaz de salvá-la. Será que ele a conhece o suficiente para poder ajudá-la?

12 de janeiro de 2020

Marnie: confissões de uma ladra - dirigido por Alfred Hitchcock




Marnie: confissões de uma ladra
(Marnie)
Direção: Alfred Hitchcock
Produção: Alfred J. Hitchcock Productions
Ano: 1964
Duração: 130 minutos
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Marnie de Winston Graham

O ano começa com Desafio livros e seus filmes no Estante da Nine. Ou quase isso. Finalizei a leitura de Marnie do autor Winston Graham nos últimos dias de dezembro, comentei sobre a história no blog na primeira semana de janeiro e chegou a hora de escrever sobre a adaptação de Alfred Hitchcock. Por esse combo final de 2019, início de 2020 eu abro os trabalhos do projeto por aqui com a expectativa de comentar sobre muitos livros e suas adaptações, seja para cinema ou televisão.

Apesar de abordarem alguns dos mesmos temas, o enredo de Winston Graham e a direção de Alfred Hitchcock seguem por caminhos diferentes. A história apresenta Marnie, uma jovem e eficiente secretária e contadora que após alguns meses de trabalho rouba a empresa e desaparece. A história original é na Inglaterra e a versão para o cinema nos Estados Unidos, e essa mudança resulta em diferenças culturais.

28 de maio de 2019

Uma mulher independente de Elizabeth Forsythe Hailey



Uma mulher independente
Autora: Elizabeth Forsythe Hailey
Tradutor: A.B. Pinheiro de Lemos
Editora: Record
Edição: 1984
Páginas: 261
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Parque Gorki de Martin Cruz Smith
Uma mulher vibrante, obstinada, cheia de amor, em permanente busca de um sentido para a vida, fascinada pelo mundo, apaixonada pelas artes, amando a vida e as pessoas. Este é o perfil de Elizabeth Alcott, que, nascida no Texas no príncipo do século, conta a história de sua vida através de cartas cronológicas, escritas em momentos de crise, de angústia ou de puto prazer, Aos poucos, o leitor vai conhecendo uma mulher que tenta compreender o seu tempo e até mesmo ultrapassá-lo. É uma estréia certamente original a de Elizabeth Forsythe Hailey, que, através de uma tessitura narrative sutil e elegante, se mostra uma escritora delicada e gentil, observadora e irônica, mas ainda assim valorizando muito a alma humana.

4 de janeiro de 2019

Selvagens - dirigido por Oliver Stone




Selvagens
(Savages)
Direção: Oliver Stone
Produção: Ixtlan
Ano: 2012
Duração: 131 minutos
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Selvagens de Don Winslow

Na reta final de 2018 eu publiquei no canal um vídeo para o Desafio livros e seus filmes comentando sobre a experiência de leitura com Selvagens de Don Winslow e também sobre o filme dirigido por Oliver Stone. Como já é tradição, aqui no blog eu escrevo sobre cada etapa do projeto separado, e apesar da demora, aqui estão alguns motivos por ter gostado, mas não tanto, do filme.

30 de dezembro de 2018

Selvagens de Don Winslow



Selvagens
Autor: Don Winslow
Editora: Intrínseca
Edição: 2012
Páginas: 288
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Perdido em Marte de Andy Weir
Ambientalista e filantropo nas horas vagas, Ben comanda um negócio de venda de maconha em Laguna Beach. Ao lado de seu parceiro, o ex-mercenário Chon, ele fatura lucros consideráveis e mantém uma clientela fiel. No passado, quando seu território foi invadido, Chon tratou de eliminar a ameaça. Agora, porém, eles parecem estar diante de uma força da qual não podem dar conta: o Cartel de Baja, do México quer tomar a região e avisa que não irá aceitar uma negativa como resposta. Quando os dois amigos se recusam a recuar, o cartel reforça a advertência sequestrando Ophelia, companheira e confidente dos rapazes. O sequestro deflagra uma gama alucinante de negociações habilidosas e reviravoltas inacreditáveis, que deixarão os leitores ansiosos para descobrir o custo da liberdade e o preço de um grande barato.

17 de setembro de 2018

Laços de sangue de Fay Nedra Zachary




Laços de sangue
#Os melhores de mistério
Autora: Fay Nedra Zachary
Editora: Nova Cultural
Edição: 1990
Páginas: 288
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A mídia o chama de "Sapatos Sangrentos". Mulheres grávidas, jovens mães, bebês, todos são brutalmente assassinados! Joanna Michaels, bonita parteira de um centro médico, acompanha o caso com interesse. Crime após crime, ela percebe um aterrorizante padrão... Momento a momento, vislumbra o apavorante elo que liga o louco assassino a suas vítimas. NADA PODE DETÊ-LO! E agora, Joanna sabe que ela também está na mira do degenerado... presa num pesadelo mortal que parece nunca terminar...

13 de julho de 2018

O planeta do sr. Sammler de Saul Bellow



O planeta do sr. Sammler
Autor: Saul Bellow
Editora: Abril Cultural
Edição: 1982
Páginas: 302
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Satiricon de Petrônio
Sobrevivente de um campo de concentração nazista,o velho judeu Sammler emigra para os Estados Unidos e passa a viver outro pesadelo:a desintegração da vida urbana de Nova York.Intimidado pelo que vê(as cabinas telefônicas com os fios cortados,os assaltos à luz do dia,a licenciosidade dos costumes)prefere o isolamento,monologando permanentemente sobre as condições da existência humana.

12 de março de 2018

Flannery de Robert Campbell




Flannery
Autor: Robert Cambpell
Editora: Art
Edição: 1988
Páginas: 159
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O salário do medo de Georges Arnaud

Jimmy Flannery é filho de irlandês, mora em Chicago e poderia passar despercebido se não fosse protagonista do livro, é claro, e principalmente por não deixar para trás um assunto não resolvido. Tudo começa com uma explosão em uma clínica de aborto no distrito que Flannery coordena e a obstinação do protagonista leva o leitor a máquina de poder de Chicago (e de qualquer cidade do mundo).

Narrado em primeira pessoa, imediatamente o personagem principal apresenta ao leitor um contexto da sua vida e de como se encaixa na máquina política. Com a justificativa de descobrir e punir os responsáveis pelo acidente em seu distrito, e mandar um recado para que os rivais não tentem roubar seu espaço, Flannery cada vez mais parece descobrir as camadas que existem na troca de favores.

15 de fevereiro de 2018

Mundo perdido de Valerie Nieman Colander



Mundo perdido
Autora: Valerie Nieman Colander
Editora: Nova Cultural
Edição: 1990
Páginas: 192
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Mundo novo de Chris Weitz
Numa data qualquer do futuro. Onde antes floresciam os EUA, a jovem Neema e sua tia vivem em uma fazenda. Elas lutam para manter uma existência marginal nas cinzas da civilização destroçada pela guerra. De repente, o tio desaparecido de Neema retorna do norte, reavivando trágicas memórias e acendendo paixões. Neema é forçada a se decidir entre dois homens. Um, belo e impulsivo, lhe ensina sobre ódio e desejo. O outro, transformado num ser horripilante pelas armas químicas, carrega dentro de si os delicados segredos do coração humano...

26 de novembro de 2017

Giovanni de James Baldwin



Giovanni
Autor: James Baldwin
Editora: Abril Cultural
Edição: 1981
Páginas: 208
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Ragtime de E.L. Docotorow
Dramática viagem através do submundo da homossexualidade masculina. Na trajetória amorosa de Giovanni e David - principais personagens do romance de James Baldwin - onde não faltam os sentimentos comuns aos relacionamentos heterossexuais, a insofismável assertiva: o amor é passível de crises e dúvidas, mas nunca de objeto de culpa ou anormalidade.

25 de outubro de 2017

Na época do ragtime - dirigido por Milos Forman




Na época do ragtime
(Ragtime)
Direção: Milos Forman
Produção: Dino De Laurentiis Company
Ano: 1981
Duração: 155 minutos
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Ragtime de E.L. Doctorow

Que eu viciei na trilha sonora de Na época do ragtime (apenas Ragtime no original), vocês já sabem, então para fechar meu ciclo com essa história tão marcante hoje vou compartilhar no Estante da Nine como foi a experiência com o filme, dirigido por Milos Forman. Antecipo que vale a pena assistir, mas sem dúvida a história do livro é mais rica e completa.

No filme, assim como na obra de E.L. Doctorow, o roteiro acompanha três famílias e alguns outros personagens secundários que também são representativos no decorrer na trama. A diferença é que a adaptação é mais recortada e o contexto e as conexão que fazem com que todos se interliguem não é tão explorada e nem tão explicada. Não cheguei a considerar os personagens fúteis, mas alguns parecem mais incompreendidos que outros. 

Diferente do livro que dá um bom espaço para cada uma das famílias, o filme centra a ação em duas delas, que se ligam por um fato trágico e que têm caminhos diferentes e com consequências severas, mais chocante que a situação que os interligou. O racismo, o orgulho, o poder, tudo isso é bem representado no filme de Milos Forman. O drama presente em cada um das famílias também.

Assim como no livro, o roteiro utilizou bem os aspectos históricos e o cenário urbano da Nova York do início do século XX para enriquecer o contexto e o pano de fundo da história. Inclusive eu gostei mais desse elemento na adaptação, que além de ter o recurso visual como principal diferencial, torna esses momentos mais dinâmicos. Certos trechos no livro foram enfadonhos.

É incomodo acompanhar como a vida de certos personagens é desgraçada por atitudes intolerantes ou provocativas. Na época do ragtime consegue retratar com clareza como era a realidade da elite dominante, em contrapartida com a discriminação racial contra negros e imigrantes e o que isso acarretava no dia a dia, nas condições de vida e trabalho. A terra das oportunidades na verdade impôs verdadeira luta pela sobrevivência entre os que não eram abastados. 

Um ponto negativo na adaptação é que eu não gostei do personagem masculino escolhido como de primeiro plano. Principalmente porque no livro ele é mais complexo do que apresentado no filme, e também porque Coalhouse Walker Jr. (foto acima) rouba a cena e o outro de jeito nenhum deveria estar ao lado dele. Além disso, outro personagem masculino que merecia destaque foi mau aproveitado na trama.

Uma personagem feminina extremamente importante no livro foi deixada de fora e com ela toda uma mensagem, mas de uma forma geral as outras duas protagonistas representam mulheres opostas e que na mesma proporção se decepcionam com os homens. Sem dúvida a época retratada no filme ao mesmo tempo que é repleta de excessos é dominada por preconceitos e isso é visto no decorrer dos 155 minutos. 

Apesar de não ser uma adaptarão favorita, é um bom filme. O visual, os cenários, a trilha - sonora que já recomendei no blog e o figurino, que estou apaixonada, são alguns dos méritos da direção de Milos Forman. Também é uma ótima alternativa para conhecer a história de E.L. Doctorow e assistir a um filme de época. 100 anos se passaram e tudo que é discutido na história é extremamente atual, então vale a dica, né? Vocês conhecem Ragtime?

Beijos!

Fotos: Divulgação

24 de outubro de 2017

Ragtime de E.L. Doctorow



Ragtime
Autor: E.L. Doctorow
Editora: Abril Cultural
Edição: 1983
Páginas: 248
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Em algum lugar do passado de Richard Matheson
A história de três famílias: uma de brancos protestantes, outra de judeus emigrados e uma terceira de negros. O autor entrelaça livremente fatos reais e imaginários ocorridos nos Estados Unidos nos primeiros anos do século XX, apresentando figuras e acontecimentos que foram notícia na época e criando um perfil de um país em formação, incerto ainda em seus rumos, mas extremamente dinâmico e rico em contrastes violentos.

7 de outubro de 2017

A cor púrpura - dirigido por Steven Spielberg



A cor púrpura
(The Color Purple)
Direção: Steven Spielberg
Produção: Amblin Entertainment
Ano: 1985
Duração: 154 minutos
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A cor púrpura de Alice Walker

Durante a leitura de A cor púrpura de Alice Walker eu já me perguntava como seria o filme. As indicações do livro são sempre muito entusiasmadas e a adaptação não fica atrás. O enredo original entrou para a lista de leituras favoritas do ano e a versão de Steven Spielberg, a segunda que comento esse ano no blog, também ganhou um lugar especial entre as adaptações literárias preferidas.

Assim como no livro a história acompanha Celie, uma jovem negra moradora da área rural do sul dos Estados Unidos no início dos anos 1900. Na adaptação, diferente da história original que é contada através de cartas, o roteiro se desenvolve a partir de trechos narrados pela personagem enquanto os acontecimentos principais dominam as cenas do filme. Em muitos aspectos é mais fácil se identificar com a protagonista e entender o contexto histórico através da adaptação, mas as cartas guiam o roteiro do filme como o enredo do livro.

Steven Spielberg consegue contar uma história fiel dentro das possibilidades de uma maneira sensível e sem ocultar os acontecimentos importantes que compõem a obra original de Alice Walker. Logo nos primeiros minutos de A cor púrpura temas como pobreza, abuso, racismo e machismo são apresentados e a partir daí acompanhamos uma adolescente que desde cedo precisou lidar com um padrasto abusivo, uma mãe negligente e uma irmã mais nova sempre ameaçada pelo estupro

Enquanto no livro a fase inicial da vida de Celie me pareceu mais difícil, sofrida e marcante, no filme eu fiquei mais impressionada com o rumo da personagem após seu casamento principalmente porque ficou claro que além de aceitar um marido que a queria apenas como servente, Celie terá que lidar com uma família e crianças que não são suas. Durante todo relacionamento Senhor desdenha de Celie, mas a vida tem surpresas e como na história de Alice Walker a adaptação de Steven Spielberg transborda um tanto de esperança.

No filme a transformação de Celie me pareceu mais gradual e me conectei mais com ela na versão de Steven Spielberg. No livro eu tive dificuldade de enxergar o ponto de virada quando as primeiras pistas surgiram e depois de algum tempo é que eu comecei a ver uma saída, alguma esperança para a vida da protagonista e sua família. Na adaptação o empoderamento de uma mulher para outra também é significativo, principalmente se considerarmos a época e o local (e como tragicamente isso parece se repetir em todas as culturas por todo mundo). Em certo ponto as coisas começam a melhorar para Celie e quem assiste pode respirar um pouco mais aliviado.

Eu gostei muito do filme de Steven Spielberg embora ele reduza vários trechos da obra. A escolha do elenco, o cenário, a semiótica por trás de alguma cenas, tudo foi muito digno do livro, sabe? Eu sei que adaptações literárias são controversas, mas neste caso eu acho que filme e livro conversam bem, estão em harmonia, e retratam o tipo de história com temas que até hoje são tabus e que por isso mesmo precisam ser debatidos. É claro que eu recomendo A cor púrpura. Vocês já assistiram?

Beijos!

Fotos: Divulgação
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5 de outubro de 2017

A cor púrpura de Alice Walker




A cor púrpura
Autora: Alice Walker
Editora: José Olympio
Edição: 2016
Páginas: 336
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Projeto 1001 livros
A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra muito atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gêneros, etnias e classes sociais.

23 de setembro de 2017

Em algum lugar do passado - dirigido por Jeannot Szwarc




Em algum lugar do passado
(Somewhere in Time)
Direção: Jeannot Szwarc
Produção: Rastar Pictures
Ano: 1980
Duração: 110 minutos
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Em algum lugar do passado de Richard Matheson

Há um bom tempo as minha expectativas não eram tão altas quanto foram para Em algum lugar do passado. Assim que postei a foto do livro no Instagram muitas pessoas comentaram sobre a adaptação e o quando o filme era bonito. Fiquei travada na leitura algum tempo, mas uma hora após concluir a história de Richard Matheson corri para a Netflix para conhecer a versão de Jeannot Szwarc

Desde o começo livro e filme tem diferenças significativas na construção do enredo. Enquanto na história de Richard Mathenson o protagonista viaja para aproveitar os últimos dias de vida porque está gravemente doente, no filme a Elise do presente vai até um evento onde encontra Richard, o personagem principal, e deixa uma mensagem misteriosa para ele. A viagem no tempo e o motivo são os mesmo do livro, mas eu tive a sensação que o enredo do filme é mais consistente. Algumas coisas que questionei na obra original vi muito melhoradas na adaptação.

Outro ponto positivo da adaptação é que Richard é mais espirituoso e engraçado do que obsessivo, característica do personagem que no livro me incomodou. Adorei Elise McKenna, a protagonista me pareceu determinada, inteligente e divertida como no livro. O filme mantém o tom de drama e mistério da história original sobre Richard e as consequências da viagem no tempo.

Enquanto a minha experiência com o livro se prolongou, o filme passou voando e eu quis um pouco mais da história. O cenário da adaptação, assim como no livro, sem dúvida é um atrativo a parte e o romance, por se desenvolver em uma época diferente, é cavalheiresco, sutil e as vezes quase caricato, mas ainda sim envolvente e apaixonante. Outra diferença entre obra original e adaptação é o período: o presente do filme é 1980 e o passado 1912, enquanto no livro é 1971 e 1896, respectivamente.

O desfecho da adaptação, que tem tudo a ver com a diferença no ponto de partida, me deixou mais satisfeita que a história original. No geral a construção do filme fez muito mais sentido, já que pelo recurso da imagem muitas partes enfadonhas do livro foram suprimidas, a história ficou mais concisa, embora o final tenha sido acelerado. A falta de bons personagens secundários também é visível aqui, embora o empresário de Elise tenha uma participação mais significativa no filme.

No geral eu gostei mais do filme do que do livro e indico Em algum lugar do passado para quem gosta de romances com boas doses de drama, um toque de realismo fantástico, atores envolventes e carismáticos e um cenário de época muito inspirador e bonito. Algumas questões sociais seguem pertinentes e sem dúvida o filme entrou para a lista de surpresas de 2017. Vocês já assistiram?

Beijos!

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20 de setembro de 2017

Em algum lugar do passado de Richard Matheson




Em algum lugar do passado
Autor: Richard Matheson
Editora: Abril Cultural
Edição: 1983
Páginas: 269
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Pais e filhos de Ivan Turgueniev
A partir da visão de um retrato de uma bela mulher, Richard Collier volta ao passado em busca de um amor que teria acontecido antes dele nascer. Eles teriam tido uma ligação naquele mesmo mês e lugar. O romance acontece a partir dessa situação, numa atmosfera plena de romantismo e fantasia. Com uma narrativa cheia de amor e suspense, o autor nos faz recuar ao passado e ao reencontro de dois jovens que haviam se conhecido e amado num outro tempo.