21 de junho de 2009

O diploma


Como estudante de jornalismo não posso deixar de comentar sobre o fato. Vamos ser diretos.

O diploma faz diferença?
E muita. Na faculdade não temos só prática. Temos teorias. E são elas que formam a base de qualquer conhecimento. É bem verdade que muitos não aproveitam da forma que deveriam, mas assim mesmo nos dão noção de como as coisas evoluíram (ou não) ao longo do tempo.

As empresas vão contratar menos?
Depende. As sérias (ou mais profissionais) vão continuar com o critério de seleção. Contudo é bem verdade que jornais, revistas e todo o tipo de veiculo vão pipocar aos montes por nossas cidades, independente de onde for.

O problema?
Nossos queridos votantes confundiram liberdade de expressão com jornalismo. Tá claro que em muito quesitos nosso país e políticos não são sérios, esse é mais um deles. Não podemos deixar que pessoas sem qualquer noção do que a comunicação pode afetar na vida das pessoas, escrevam e apareçam nos veículos, que influenciam muito nossa sociedade.

E os estudantes?
A nós, estudantes, cabe provar que nossos anos de estudo não são em vão. Que é preciso ter diversos conhecimentos para fazer da comunicação cada vez mais qualificada. Que os interesses políticos e comerciais não podem se sobre-sair sempre.

O futuro?
Os movimentos em repudia ao veto do diploma já começaram. O processo é lento mas deve começar já. Com a ajuda do poder público, podemos trazer a situação de volta aos debates. Não queremos com isso banir todos os profissionais não diplomados. Queremos qualificar todos os setores, e o jornalismo é um deles.

Ao contrário do que se disse, não é somente na saúde, por exemplo, a necessidade de comprovação acadêmica.

9 de junho de 2009

Educação, pela falta dela


Em um dia presenciei algumas cenas no mínimo curiosas. Saindo do trabalho, ontem, fui comer alguma coisa. Tá, eu fui no MC Donalds e não tenho problema nenhum com isso (mesmo sabendo que alguns amigos vão vim falar do monopólio capitalista, até entendo, mas eu gosto e deu). Lá, duas coisas me chamaram a atenção. 

A primeira delas é que um dos funcionários, um jovem de aproximadamente 20 anos, era Síndrome de Down (não sabia como colocar, de maneira que não ficasse pejorativo). Com uma desenvoltura e uma simpatia além do normal, ele me fez pensar se realmente somos tão entendidos e esclarecidos quando achamos. Nesse mesmo lugar, uma segunda cena me chamou a atenção. Dois meninos, entre 8 e 10 anos, provavelmente de famílias humildes, foram surpreendidos por uma mulher que pagou o lanche a eles. Sim, tudo isso no MC Donalds. Aí eu me pergunto, será que faço algo realmente útil pra alguém e pra mim?!

*****

No inicio da tarde, quando vinha para o trabalho, uma situação me chamou a atenção. Estava eu no ônibus (sim, porque estagiário não tem condições de ter carro) quando por tua vezes o motorista do veículo passou pelas estações sem parar, sendo que os passageiros tinha sinalizado, através da campainha. O motorista errou, mas um minuto depois começou uma gritaria generalizada dentro do ônibus (quase pensei em ataque terrorista) que fiquei pasma. Certo, que fosse alguém falar com a operadora de sistema, ter mais atenção e etc. Agora berrar, sem parar, “mas vai cata pulga em macaco”! Na tentativa de ajudar, a má educação ficou clara. Ainda queremos ser subsede da Copa.

Arebaba!

1 de junho de 2009

Livros antigos


Aconteceu uma coisa engraçada comigo na última semana. Tava fazendo a ronda na mochila do meu 'irmazinho' (credo, eu não era alienada assim na minha pré-adolescência, com 12 anos ele acha que é o dono da razão) quando encontrei o livro que ele tinha retirado na biblioteca pra fazer a leitura da semana.

Sabe o que era? Agatha Christie. Sim, ela mesmo. Já tinha lido alguns livros dela, também na escola (na mesma escola estadual que meu irmão estuda hoje), mas na época tinha uma dificuldade de continuar as leituras pelos nomes dos personagens e dos locais (lógico, era britânica). Meu irmão não terá esse problema, afinal que geração avançada!

Me surpreendi porque meu irmão é meio desleixado e sem muito interesse (minto, ele tem interesse sim, jogar futebol, e no caso futsal também) e mesmo com todas as nossas cobranças e explicações ele é, ainda assim, teimoso. Enfim...

Acredito que ele pegou aquele livro por mero acaso (sabe quando a gente escolhe pelo nome, cor ou pela imagem da capa?!), mas já fiz uma propaganda pra autora.

E claro que peguei o livro pra ler. O Assassinato de Roger Ackroyd (uma das principais obras) tem uma linguagem clara. Fico imaginando essa autora em sua época, como era a recepção do seu trabalho. Suas obras são aquelas que até não chegar ao fim, não conseguimos para de ler. Mesmo 'raptando' o livro do meu irmão, já combinamos, não tem erro, ele vai começar a ler ainda hoje.

PS: tô lendo também, A forma do filme, do Sergei Eisenstein. Tudo pra aula de edição.