27 de julho de 2010

Até mais, e obrigado pelos peixes! de Douglas Adams





Depois de viajar pelo Universo, ver o aniquilamento da Terra, participar de guerras interestelares e conhecer as mais extraordinárias criaturas, Arthur está de volta ao seu planeta. Tudo parece igual, mas ele descobre que algo muito estranho aconteceu na sua ausência. Curioso com o fato e apaixonado por uma garota tão estranha quanto o que quer que tenha acontecido, ele parte em busca de uma explicação.

Até hoje, sempre que terminava de ler um livro, tinha uma opinião sobre ele. Bom, ruim, legal, divertido, engraçado, tedioso, chato. Mas, pela primeira vez, fiquei em dúvida e não cheguei a conclusão nenhuma sobre "Até mais, e obrigado pelos peixes!". Primeiro porque ele não segue o mesmo ritmo dos outros três livros da série até aqui. O assunto central do livro é pouco tratado ao longo das 203 páginas. Arthur Dent vive em busca da sua paixão e Ford Prefect, esse também desaparece.

É claro que as pitadas de humor, típicas de Douglas Adams, continuam lá. As críticas, também. Mas o livro segue uma descrição mais tediosa. Talvez isso seja proposital, já que Arthur está de volta a Terra e de volta aos problemas que os humanos tanto se preocupam e vivem em torno disso. Mas pra mim ficou faltando algo. Deus o livre contestar Adams e sua importância, mas essa foi a minha impressão.

Sigo agora para "Praticamente Inofensiva", último livro da série, que pode ser, e deve ser, o esclarecedor de tudo que ficou pra trás. Se bem que o estilo Douglas Adams pode deixar muitas coisas sem explicação, justamente porque existem coisas sem explicações.

Beijos!

9 de julho de 2010

A vida, o universo e tudo mais de Douglas Adams






Talvez Arthur até preferisse continuar isolado em sua caverna escura, úmida e fedorenta a encarar a próxima aventura para a qual seria forçosamente arrastado: salvar o Universo dos temíveis robôs xenófobos do planeta Krikkit.

O terceiro livro da série "O Mochileiro das Galáxias", do meu ponto de vista, é o mais denso. Arthur fica por um tempo isolado na Terra pré-histórica e tem atitudes que não condizem com sua realidade, é claro. As coisas, para ele, perdem um pouco o sentido nesse livro e ele passa a ser uma figura irritante e deslocada.

Arthur não acompanha os pensamentos dos demais personagem e o que mais faz é perguntar, perguntar e perguntar. Demorei um tempo a mais para terminar de ler esse terceiro volume por conta disso. As pitadas de humor continuam lá.

Políticos que não se importam com os reais problemas dos seus planetas. As fêmeas interessadas em status e dinheiro (pitadinha de machismo) e os jornalistas loucos (concordo com Adams, como estudante de jornalismo sem bem como se fica surtado).

E claro, o ponto central do livro é a própria existência e a responsabilidade de salvar o universo. E tudo mais. Os personagens intercalam otimismo, medo, coragem e brincadeiras. Agora, Arthur quer ficar fora dessas viagens pelo universo e descansar em um planeta calmo e tranquilo. Será que ele consegue.

Próxima aventura: Até mais, e obrigado pelos peixes!

Beijos!