30 de março de 2017

Leitura todo dia: semana 8

Mais uma boa semana. É assim que posso começar o resumão do projeto Leitura todo dia que aconteceu entre 22 a 28 de março. Já perto de encerrar o segundo mês dessa ideia louca, mas muito pertinente, só tenho a agradecer a todo incentivo de vocês em continuar com os vídeos e também a participação dos leitores nessa iniciativa que cresce a cada dia. Afinal, o objetivo principal de tudo isso é incentivar a leitura. E acho que estou (estamos) conseguindo.

A semana 8 começou com uma nova leitura da bolsa e o escolhido da vez foi O oráculo de Catherine Fisher, livro que comprei num bazar e estava há algum tempo interessada em tirar da estante. Logo nos primeiros dias eu percebi o quanto a história rendeu e o quanto eu me envolvi com ela, e justamente por isso resolvi concluir o livro em casa na minha folga. O oráculo foi uma boa leitura, com alguns dos meus elementos favoritos e em breve tem opinião sobre ele no Estante da Nine.

A outra leitura da semana, essa com algumas pausas e relativamente lenta, é Laranja mecânica de Anthony Burgess. Eu estou gostando do livro, mas não é uma história que tem me prendido por esses dias. Talvez eu precise de livros mais dinâmicos e menos complicados, afinal eu escolhi ler Laranja mecânica sem glossário e as gírias criadas pelo autor deixam o texto truncado. Apesar disso, tenho intenção de concluir a leitura em março.

Durante a semana eu também conclui o e-book O astrólogo de Machado de Assis, principalmente porque estava com vontade de ler algo desse autor tão querido. E não me arrependi. Mais uma história machadiana muito atual, apesar dos séculos, sobre fofoca e como ela é prejudicial a toda comunidade e especialmente para o fofoqueiro. Gostei também porque a figura principal do livro é um homem, provando que fofoca não tem gênero nem idade. E vocês, o que leram semana passada?

Assista ao vlog da semana 8 do projeto Leitura todo dia

LIVROS
O oráculo de Catherine Fisher
Laranja mecânica de Anthony Burgess
O astrólogo de Machado de Assis

Beijos!

29 de março de 2017

3 motivos para ler Mãe de José de Alencar

O segundo post da série ou coluna "3 motivos para" está no ar e desta vez pensei muito se valia publicar agora em março ou em um especial no Dia das Mães em maio. Depois de alguma incerteza resolvi escrever por esses dias, principalmente porque Mãe de José de Alencar é uma das minhas leituras favoritas deste mês e gostaria de deixar registrado no Estante da Nine a indicação. Além disso, o livro está em domínio público, desse jeito não tem desculpa para não ler, certo?

Mãe é uma peça escrita por José de Alencar em 1859 e dedica a sua mãe claro, e a todas as mãe do Brasil (inclusive o autor comenta sobre isso na introdução). Essa foi a primeira vez que li um livro neste formato de peça de um autor clássico brasileiro, pelo que lembro, e adorei. Antes de compartilhar com vocês os três motivos para ler Mãe, acho interessante citar que o contexto da história ainda pertence ao período escravocrata no Brasil, e com isso, além de homenagear as mães, José de Alencar inclui algumas discussões importantes sobre o tema.

O livro começa com dois assuntos distintos: o primeiro deles é a ruína de um pai e uma filha, que após a enfermidade e falecimento da mãe, estão falidos e a beira do despejo. Vizinhos do protagonista Jorge, estudante de medicina que tenta descobrir sua origem e o passado da mãe, Elisa - a moça que faz de tudo para proteger o pai, não vê outra saída e resolve pedir ajuda financeira ao vizinho, que também é seu interesse romântico. Outro ponto em comum entre eles é Joana, escrava de Jorge, embora não tratada assim por ele, que ajuda Elisa nas tarefas, bem como apoia o casamento entre eles. O ponto de partida da peça é esse e já dá para ter uma ideia do tom dramático, né?

1. Mães são complexas

O grande mistério do livro é sobre a origem de Jorge e quem afinal é sua mãe. O protagonista foi criado desde sempre por Joana, que vê como uma mãe, e um amigo do pai que os ajudou depois do falecimento deste. Apesar de algumas especulações, Jorge não compreende o porquê de tanto mistério, afinal tantos anos se passaram e as únicas duas pessoas que poderiam esclarecer esse segredo não falam sobre o tema. Para o leitor fica evidente a partir de determinado trecho do livro quem é a mãe de Jorge e porque ela não se revela. Mesmo assim, é doloroso ver o que uma mãe é capaz de passar para não "sujar" a imagem do filho.


2. Segredos familiares são nocivos

Jorge e Elisa estão envolvidos em segredos familiares e quando as histórias se cruzam essa situação se agrava. Ou melhor, os protagonista tentam descobrir a complexidade de cada situação, Jorge sobre sua origem; Elisa sobre a ruína e endividamento do pai, mas em ambos casos são protegidos dos detalhes e quando eles finalmente são revelados a situação é desastrosa. Eu interpretei a crítica de José de Alencar da seguinte maneira: falar a verdade pode ser desastroso, mas certamente é menos nocivo do que omitir ou mentir.

 

3. Finais podem ser trágicos e felizes

Bom, eu acho que vocês já perceberam que essa é uma história dominada pelo drama, né?! E é exatamente isso que me fez gostar tanto de Mãe. Histórias familiares são complicadas e tristes, mas igualmente felizes e inspiradoras. O final da peça é 50/ 50. Os segredos são enfim revelados para Jorge e a dívida do pai de Elisa é paga, mas tudo isso também culmina com a desgraça de um personagem, o mais importante de todos, a moral da história. Mães fazem coisas impensáveis. Para o bem e para mau.

Mãe de José de Alencar foi uma ótima surpresa em março, principalmente porque no passado li alguns livros do autor e não gostei, tanto que ele demorou para aparecer por aqui e sim, esse post faz parte do projeto de clássicos brasileiros e de língua portuguesa. Espero que tenham gostado da indicação de hoje e espero as recomendações de vocês de leituras do José de Alencar.

Beijos!
Foto: Nine Stecanella
Imagens: Divulgação

26 de março de 2017

Meta da semana: 26 de março a 1º de abril

Eu estava com muita vontade de escrever um post de meta da semana, então é sobre isso que vamos conversar neste domingo. Embora mais antiga, essa coluna será um complemento para o projeto Leitura todo dia e sempre que eu tiver alguns livros na fila para ler vou compartilhar com vocês aqui no Estante da Nine. Ok, então é hora de começar o resumão.

A minha leitura da bolsa é O oráculo de Catherine Fisher e comecei o livro na quarta-feira, quando o tirei da estante. E que surpresa agradável. Comprei o livro num bazar e claro que a sinopse me chamou atenção, afinal é inspirado em mitologia egípcia e grega, e a narrativa ágil e os personagens peculiares logo me fizeram gostar da leitura. Li 146 páginas em três dias na ida e volta para o trabalho e espero concluir o livro ainda em março. 

A minha leitura de casa é Laranja mecânica de Anthony Burgess, livro sorteado no meu vídeo recente da TBR jar, e também parte da minha lista de 12 leituras para 2017. Optei por ler o livro sem conferir as palavras criadas pelo autor no glossário e até agora a experiência tem sido interessante. A leitura ficou alguns dias parada, mas nesse sábado retornei e espero continuar hoje. Também espero terminar Laranja mecânica em março.

Eu espero começar mais um livro em março, Pais e filhos de Ivan Turgueniev, o primeiro russo do ano e também parte da minha meta de 2017. O livro não é extenso, e não conheço a narrativa do autor e nem muitos detalhes do enredo, e é assim que quero começar a leitura, já que será meu contato inicial com Ivan Turgueniev. Para saber mais sobre a minha rotina de leitura diária confira os vídeos do projeto Leitura todo dia.

Também inclui meu Kindle na meta da semana, porque nos dias corridos e de rotina cheia é o leitor digital que tem salvado meu momento de leitura e o projeto diário. Neste ano aconteceu minha aproximação com a poesia e tenho lido quase toda semana desde então (saiba como tudo aconteceu em Poesias no Kindle e leitura todo dia). Também tenho lido vários e-books, arquivados há tempos ou recentes, e estou adorado as histórias. Sem dúvida 2017 já se superou, e muito, nas boas leituras.

Então é isso que eu gostaria de comentar com vocês sobre meus livros em andamento e futuros. Espero que meu ritmo de leitura se mantenha bom como tem sido nas últimas semanas e torço para que eu consiga ler cada vez mais para compartilhar aqui no Estante da Nine boas dicas de leitura. Aliás, fica de olho no blog porque tenho muitas resenhas na fila de postagem. Espero que goste! O que vocês leram nos últimos tempos?

Beijos!
Fotos: Nine Stecanella

22 de março de 2017

Leitura todo dia: semana 7

Que semana maravilhosa. Espero que isso se repita e eu comece muitos e muitos posts assim. Desde que comecei o projeto Leitura todo dia pude observar um aumento no meu rendimento, mas até aqui, o resumo dos dias 15 a 21 de março, eu não tinha real noção de como esse hábito realmente está me ajudando a ler mais. Tanto que eu nem lembro quando foi a última vez que li um livro num dia. E mais, nestes dias que se foram isso aconteceu duas vezes!!!

Tudo começou quando escolhi Elliot Allagash de Simon Rich como meu livro da bolsa no dia 15 e gostei tanto da história que resolvi terminar em casa. No dia seguinte, nem 24 horas depois de iniciar a leitura, eu conclui a trama jovem muito divertida, sarcástica e pertinente. Em breve sai opinião sobre o livro no Estante da Nine, mas já adianto que entrou para os favoritos de 2017.

Durante a semana também li o livro infantil que recebi na caixa postal, Gertrude sabe tudo de L. Rafael Nolli, que me surpreendeu pelo final não exatamente feliz e bem realista, uma mensagem muito interessante para crianças, mas especialmente para os pais e familiares. Outra leitura concluída é O resgate de Althea de E. Samuel, volume dois da série As Quatro Portas do Tesouro. Adorei a aventura principalmente pelo tema e pelas duas personagens femininas marcantes. Em breve também tem opinião sobre ele por aqui.

O desafio começado na semana 7 do Leitura todo dia é o livro Laranja mecânica de Anthony Burgess, que saiu no meu sorteio recente da TBR jar e também inclui na meta dos 12 livros para 2017. Resolvi encarar a história sem conferir o glossário e por enquanto avancei três capítulos. Outra leitura sensacional da semana é a peça Mãe de José de Alencar, que também quero comentar mais por aqui, talvez no formato do post que fiz para O cancioneiro de Fernando Pessoa. O que vocês leram nos últimos dias?

Assista ao vlog da semana 7 do projeto Leitura todo dia

LIVROS
Elliot Allagash de Simon Rich
Gertrude sabe tudo de L. Rafael Nolli
O resgate de Althea de E. Samuel
Laranja mecânica de Anthony Burgess
Mãe de José de Alencar

Beijos!

20 de março de 2017

Os 39 degraus - dirigido por Alfred Hitchcock



Os 39 degraus
(The 39 Steps)
Direção: Alfred Hitchcock
Produção: Gaumont British Picture Corporation
Ano: 1935
Duração: 86 minutos
Filmow | IMDb

LEIA MAIS
Os 39 degraus de John Buchan

Recentemente tirei da estante minha edição de bolso de Os 39 degraus de John Buchan, já com a intenção de ler o livro e logo depois assistir ao filme, dirigido por Alfred Hitchcock, que encontrei em um dia totalmente aleatório no Walmart (Big), há alguns anos, e trouxe para coleção, claro. Assim que finalizei o livro, que eu adorei por sinal, li a sinopse do filme e aí percebi algo crucial: as histórias são bem diferentes.

Esperei alguns dias para assistir Os 39 degraus, afinal eu sempre quero adaptações fiéis aos livros e isso quase nunca acontece, como neste caso, e depois do tempo de descanso me aventurei na história, desta vez a versão para o cinema de Hitchcock, filme que é considerado um dos mais importantes da carreira do diretor. Eu gostei do filme, ele tem sim algumas similaridades com o livro, mas o desenvolvimento é diferente. Hoje vou contar meus pontos favoritos e o que não gostei tanto sim da adaptação. 

A principal diferença entre livro e filme é que no decorrer da trama original, em meio a um caso de conspiração internacional, Hannay - o protagonista - troca informações e conta com a ajuda de homens, enquanto no filme Hitchcock substituí quase todos esses personagens por mulheres. Isso dá ao filme um toque irônico e romântico que o livro não aborda. Aliás, nem existe. O ponto de partida também é diferente: na versão de John Buchan um vizinho, após revelar a trama, é morto e deixa um caderno de anotações na casa do personagem principal. No filme a única pista é um mapa.


Apesar do desenvolvimento da história partir de pontos e por motivos diferentes no filme, o clima de mistério e aventura permanece intenso como no livro. O desafio de Hannay na adaptação é igualmente interessante a história original, porque na versão de Hitchcock ele parte para fuga com poucas informações e nenhuma ideia do que a conspiração significa ou qual o risco de vida. O Hannay do livro é um homem experiente e confiante, já o do filme tem personalidade esnobe. Não simpatizei tanto com o personagem na adaptação.

Para terminar é claro que eu preciso comentar sobre as personagens femininas. E sim, eu acho que no filme elas dão o diferencial. O livro tem uma história ágil e de narrativa fácil, eu sinceramente não senti falta de uma mulher como personagem principal. Mas o mistério da adaptação começa a partir de uma mulher e faz sentido que outra personagem, ao longo da trama, se envolva na confusão com Hannay. No final ela é determinante para o desfecho de parte do mistério, mas o protagonista masculino, apesar de galã, nem sempre usa a ajuda feminina de maneira simpática.

Se nos anos 2000 as adaptações literárias são modificadas para funcionar melhor ao público do cinema, não consigo imaginar como era esse processo nos anos 1930, mas tudo indica que isso também acontecia na época. Eu gostei da versão de Hitchcock, também por ter mantido parte dos cenários da Escócia, um dos meus pontos favoritos no livro, mas ainda prefiro o ponto de partida de John Buchan. Vale ler o livro e assistir o filme, e encarar ambos como histórias paralelas de uma mesma ideia. 

Beijos!
Imagens: Divulgação

17 de março de 2017

TBR jar #13 - distopia!

O primeiro vídeo da coluna (ou projeto) TBR jar rolou no Estante da Nine em maio de 2014, e deste então, mesmo que de forma irregular, sortear um livro surpresa é um hábito que gosto de manter. Na época que eu fiz a minha primeira jarra esse tipo de vídeo estava em alta no Youtube e nos blogs literários, mas um tempo depois as pessoas pararam de gravar; uma pena porque adoro assistir e por isso mesmo, depois de refazer minha lista de livros para sorteio, eu mantive por aqui o segmento e espero gravar um vídeo por mês.

Meu sorteio anterior aconteceu em dezembro e o título tirado da jarra foi Eragon de Christopher Paolini, livro que eu li durante parte deste mês de março e compartilhei com vocês o progresso nos vídeos Leitura todo dia: semana 5 e Leitura todo dia: semana 6, projeto que começou em fevereiro no Estante da Nine e graças ao feedback de vocês tem sido incrível continuar. Em breve também vai rolar resenha de Eragon por aqui.

Lido o livro anterior da TBR jar, chegou a hora de escolher algo novo e o sorteio de hoje está no mínimo peculiar. Isso porque eu precisei tirar cinco sugestões da jarra até um livro não lido ou que eu tivesse na coleção saísse, e isso também significa que em breve eu vou precisar fazer uma nova lista de leituras para a TBR. Aliás, se vocês quiserem eu mostro o processo de escolha, e o que incluir ou não, é só comentar aqui embaixo que eu preparo e compartilho no Estante da Nine.

Claro que para saber qual foi o livro sorteado é preciso assistir o vídeo, vou manter um pouco de mistério por aqui, hehehehe. Mas pela dica do título e da imagem destaque do post dá pra ter uma ideia, né? Eu já comentei sobre o livro várias vezes por aqui e inclusive selecionei para a TAG 12 livros para 2017. Dito isso, é hora de assistir o vídeo. E claro que eu quero saber a opinião de quem já leu, se gostou ou não. Go!!!

Assista ao 13º sorteio da minha TBR jar

Beijos!

16 de março de 2017

Leitura todo dia: semana 6

Eu preciso começar este post dizendo que estou orgulhosa por ter continuando com o projeto Leitura todo dia. Um dos motivos é que tenho entendido melhor minha rotina de leitura, os horários que eu leio mais e o tipo de livro que tem me atraído especialmente, mas também porque a participação de vocês cresceu e muitos leitores estão interessados ou já começaram a organizar suas leituras e tentar, todos os dias, dedicar um tempo a essa lazer (ou estudo) incrível.

A semana 6 começou no dia 8 de março e encerrou no dia 14. Provavelmente desde que eu comecei o Leitura todo dia esse foi o período mais parado e mesmo assim eu consegui ler quase todos os dias, com exceção de um, e cumpri a meta semanal de concluir um livro, já que as outras duas leituras em andamento estavam e estão paradas, provavelmente vou abandoná-las por um tempo, o saldo geral foi positivo.

Durante os últimos dias eu tentei ler Cinco luas de Ronaldo Cavalcante, mas o livro, apesar do enredo interessante, não consegue me prender por conta da narrativa. Minha leitura a noite não tem rendido bem, mas mesmo assim o livro não me atraí por muitas páginas e avancei apenas 8 em relação a última atualização, que saiu no Leitura todo dia 5. A química de Stephanie Meyer também está parado e não pretendo pegá-lo por enquanto.
 
O livro finalizado durante a semana 6 foi Eragon de Christopher Paolini, sorteado no meu vídeo recente da TBR jar e que começou o mês como leitura da bolsa, mas por conta do trabalho parado essa última semana eu resolvi terminá-lo em casa. Não vou me estender muito sobre ele porque em breve vai rolar post, mas adorei a jornada de Eragon, sua conexão com o dragão Saphira e como os personagens secundários também são importantes. Talvez role uma versão em vídeo da minha opinião sobre o livro, quem quiser avisa nos comentários.

Assista ao vlog da semana 6 do projeto Leitura todo dia

LIVROS
Eragon de Christopher Paolini
Cinco luas de Ronaldo Cavalcante
A química de Stephanie Meyer

Beijos!

14 de março de 2017

As duas torres - dirigido por Peter Jackson



As duas torres
(The Lord of the Rings: The Two Towers)
Direção: Peter Jackson
Produção: New Line Cinema
Ano: 2002
Duração: 179 minutos
Fimow | IMDb
Compre no Submarino

LEIA MAIS
Diário de leitura: O Senhor dos Anéis

Semana passada assim que conclui a leitura de As duas torres de J.R.R. Tolkien eu tirei meu box de filmes da saga da estante e deixei bem a vista para assistir a versão da história para os cinemas assinada por Peter Jackson sem enrolação. Assim como A sociedade do anel, eu gostei muito da adaptação, com exceção do final. O vlog para o diário de leitura contém alguns comentários, mas vou aproveitar o post para estender minha opinião e contar meu pontos favoritos e os que não gostei tanto assim.

Nesta segunda parte da jornada que visa destruir o anel de poder a sociedade foi desfeita e cada grupo segue um caminho distinto. Gandalf caiu nas ruínas de Moria e começa o livro (e o filme) morto para todos os personagens que presenciaram a cena; Sam e Frodo estão viajando rumo a Mordor para cumprir o destino imposto ao hobbit, Merry e Pippin são capturados pelos orcs e tentam fugir de um destino cruel, enquanto Legolas, Gimli e Aragorn estão, através de outra estrada, também rumo as terras do senhor sombrio.


Um dos meus pontos favoritos do filme é que ele dá a real dimensão de tempo e espaço e a distância entre cada grupo de personagens, que é de um ou dois dias de viagem, mas que no livro eu tive certa dificuldade em imaginar tal proximidade. Verdade que como na adaptação do primeiro livro, o filme de As duas torres tem sim alguns momentos compactos ou cenas unidas de momentos distintos da história original, mas no geral os principais acontecimentos do livro também estão no roteiro.

Outro elemento muito importante em As duas torres é diversidade de personagens da Terra Média. Neste trecho da jornada fica evidente que muitas raças ainda não conhecem os hobbits, assim como algumas lendas sobre povos e animais não são tão lendas assim. Outro destaque para o filme é mostrar os conflitos dos humanos entre si, o que sempre dificulta a aliança com outros povos. Os domínios do mau crescem e toda a Terra Média sofrerá as consequência de uma dominação de Sauron, por isso a política também é extremamente importante para o desenvolvimento tanto do livro quanto do filme.

As duas torres sem dúvida serviu para confirmar meu favoritismo por Gandalf e pelos elfos, aumentar minha admiração por Aragorn, e também simpatizar com os hobbits. No geral eu nunca achei o povo dos pequenos destemido ou corajoso, e nem mesmo no livro tive tanta empatia por Frodo e Sam (apesar de ter tido um pouco), como foi assistindo o filme. Verdade que eu funciono muito melhor com imagem e som, do que lendo e imaginando, mas neste caso é impossível fugir da própria influência do filme, afinal a trilogia foi lançada há 15 anos.

Mesmo com as diferenças, o filme está entre meus favoritos na categoria adaptações literárias. No entanto devo ressaltar que não gostei do final, porque algumas das principais diferenças entre livro e filme estão neste trecho e também porque algumas das minhas cenas favoritas estão neste momento da história. Minha dúvida é se esses capítulos, ou parte deles, darão início ao filme de O retorno do rei, que vou assistir depois de ler o livro, ou se foram excluídos do roteiro. O final do filme também é mais corrido e compacto que o início e o desenvolvimento, mas espero que parte desses elementos estejam na finalização da trilogia.

Se preferir assista ao vlog gravado para o diário de leitura de O Senhor dos Anéis


Beijos!
Foto: Nine Stecanella
Imagem: Divulgação
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12 de março de 2017

Recebidos na caixa postal + compra (jan/ fev)

Que saudade de receber cartas na caixa postal. E comprar livros então, nem se fala! No vídeo de hoje eu compartilho com vocês alguns dos meus novos na estante e também o que deve ficar e sair da coleção. Vai rolar sorteio em breve no blog, então fica de olho, ok? Para acompanhar todos os posts aproveita e assina o feed do Estante da Nine (na barra lateral direita) porque as atualizações são enviadas para o e-mail cadastrado!



LIVROS
Gertrude sabe tudo de L. Rafael Nolli
O resgate de Althea de E. Samuel (leia a resenha do primeiro livro)
Tutor de Sue Hecker
A 25ª hora de Virgil Gheorghiu

Beijos!


10 de março de 2017

Leitura todo dia: semana 5

O segundo mês do Leitura todo dia começou e a experiência com o projeto tem sido incrível. O retorno e a participação de vocês aumentou no último mês e mesmo com poucos livros finalizados, certamente eu li mais desde o início dessa ideia maluca. E é claro que ela vai continuar. A primeira semana de março ainda foi estranha e irregular, mas a medida que me adaptar ao ritmo de trabalho tudo deve se ajeitar.

A minha leitura da bolsa da semana 5, que agora virou leitura de casa, é Eragon. Estou adorando a fantasia jovem de Christopher Paolini e não acredito que deixei a coleção intocada por tanto tempo na estante. Como essa semana foi parada no trabalho resolvi agilizar essa leitura. Semana que vem um novo livro irá para bolsa, então fica de olho porque sempre compartilho nas redes sociais!

A minha leitura principal de casa é Cinco luas de Ronaldo Cavalcante, mas o livro não está rendendo como eu gostaria, principalmente porque durante a noite tenho lido pouco e de dia priorizo as tarefas de casa e as ideias e conteúdos de posts para o blog e o canal. Durante a semana 5, correspondente ao dia 1º a 7 de março, finalmente conclui As duas torres de J.R.R. Tolkien e compartilhei com vocês a experiência no post do diário de leitura

Durante a semana li dois e-books no Kindle, que aliás tem salvado meus dias de preguiça. Um deles chama 49 fabulosas de economia doméstica e apesar de rápido, todas as dicas são bem conhecidas, para iniciantes, o primeiro passo para quem quer se tornar mais econômico e consciente no consumo e nos cuidados com a casa. Também li O elixir da longa vida de Honoré de Balzac, história sobre pessoas que só visam a herança dos parentes e também com um toque de realismo fantástico do meio para o final da história.  Interessante e recomendado!

Assista ao vídeo de atualização da semana 5 do projeto Leitura todo dia!

LIVROS
Eragon de Christopher Paolini
Cinco luas de Ronaldo Cavalcante
As duas torres de J.R.R. Tolkien (diário de leitura)
O elixir da longa vida de Honoré de Balzac (baixe na Amazon)

Beijos!
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9 de março de 2017

Resumo de fevereiro (2017) - Friends e O quatrilho!

A coluna resumo do mês está no ar e hoje eu compartilho com vocês a série e os filmes que eu assisti em fevereiro. Infelizmente esqueci de mencionar no vídeo O grande Gatsby, adaptação do livro de Scott Fitzgerald, que eu também vi mês passado e apesar do figurino e dos cenários incríveis, e até de atores que eu gosto e acompanho, não gostei tanto assim da produção. O que vocês viram nos últimos tempos?



SÉRIE
Friends (3ª, 4ª e 5ª temporada)

FILMES
O grande Gatsby - dirigido por Baz Luhrmann
O quatrilho - dirigido por Fábio Barreto

Beijos!

8 de março de 2017

Diário de leitura: As duas torres #4 - Como assim Sam?!

É um alívio retomar o diário de leitura de O Senhor dos Anéis depois de um mês parado. Há um terço de concluir As duas torres a minha rotina mudou e eu não peguei o livro durante fevereiro. Para mudar as coisas, a meta do final de semana foi justamente concluir a leitura e felizmente eu consegui. No post e vídeo de hoje eu destaco alguns dos meus pontos preferidos do livro dois da trilogia de J.R.R. Tolkien.

A partir do livro IV o foco da história volta para Frodo e Sam, desta vez em situação muito mais delicada do que as vividas anteriormente. Os hobbits tem ainda um companheiro extra: Gollum, que na parte final de As duas torres é figura determinante para o desenrolar do caminho do protagonista. O próprio Sméagol ganha contornos de personagem principal, já que a dinâmica entre ele e Frodo é um dos aspectos mais interessantes do final do livro.

Eu já comentei sobre isso nas edições anteriores do diário de leitura, e mais uma vez Frodo e Sam me surpreenderam e foram além das expectativas. Confesso que não tenho tanta empatia pelos hobbits, apesar de os achar fascinantes, mas no terço final de As duas torres os amigos do condado provam sua valentia, coragem e perspicácia. E amizade, claro, que entre Frodo e Sam é um laço explícito.

Compre o livro na Amazon | Playlist O Senhor dos Anéis 

A missão de Frodo, desde o começo, me deixou dividida. Isso porque ele não merecia receber tal responsabilidade com pouco conhecimento da história por trás do anel, além de não ser exatamente a figura mais determinada em seguir viagem. Frodo enfrenta seu caminho porque voltar não é uma possibilidade viável, mas neste final de As duas torres o protagonista se mostra muito mais calculista e sensato do que imaginei, principalmente ao lidar com Gollum e depois, Faramir.

Por fim, Sam rouba a cena. Eu não entendo realmente o que Tolkien pretende nos dizer com a amizade de Frodo e Sam, e apesar das minhas teorias é inegável que todo mundo deveria ter um Samwise na vida. Um amigo como o hobbit, apesar das trapalhadas, é muito valoroso e mesmo naquelas situações improváveis se mostra forte e corajoso, mesmo que de uma forma transviada. Sam tem alguns bons momentos no trecho final, apesar do encerramento do livro deixar dúvidas sobre a sequência da jornada.

Se preferir assista ao vídeo com o resumo da experiência final de As duas torres!


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7 de março de 2017

Meta de leitura: março (2017)

Em fevereiro não rolou meta de leitura, mas em março eu resolvi escolher todos os livros em andamento para concluir ao longo do mês e também espero incluir mais alguns títulos assim que for finalizando as histórias pendentes. O que vocês estão lendo?



LIVROS
A química de Stephanie Meyer
As duas torres de J.R.R. Tolkien
Cinco luas de Ronaldo Cavalcante
Eragon de Christopher Paolini

Beijos!

5 de março de 2017

Leituras de fevereiro (2017)

Fevereiro foi o mês de estreia do projeto Leitura todo dia e apesar de ter lido mesmo quase todos os dias durante os últimos tempos, não finalizei muitos livros. No vídeo de hoje eu compartilho o que li em fevereiro e também os títulos que ganharam posts no blog e/ou canal.



LIVROS
Suicida de Camilo Castelo Branco
Sangue de Adão de Márson Alquati
Os 39 degraus de John Buchan (resenha)
A cartas sobre Paul Klee de Rainer Maria Rilke
A pianista de Machado de Assis (resenha)

Beijos!

4 de março de 2017

Leitura todo dia: semana 4

A quarta semana do Leitura todo dia está no ar para fechar o primeiro mês do projeto no Estante da Nine. Li bastante, em quase todos os dias de fevereiro, mas finalizei poucos livros. A ideia continua firme para março e conto com a presença de vocês por aqui! Aproveita pra conferir a lista de fevereiro: 5 autores clássicos para ler em 2017.



LIVROS
Cancioneiro de Fernando Pessoa (3 motivos para ler)
Eragon de Christopher Paolini
As duas torres de J.R.R. Tolkien (diário de leitura)
Cartas sobre Paul Klee de Rainer Maria Rilke
A pianista de Machado de Assis (resenha)

Beijos!

3 de março de 2017

A pianista de Machado de Assis




A pianista
Autor: Machado de Assis
Editora: livro de domínio público
Edição: 1866 (original)
Páginas: 16
Skoob | Goodreads
Baixe de graça na Amazon
Tinha vinte e dois anos e era professora de piano. Era alta, formosa, morena e modesta. Fascinava e impunha respeito; mas através do recato que ela sabia manter sem cair na afetação ridícula de muitas mulheres, via-se que era uma alma ardente e apaixonada, capaz de atirar-se ao mar, como Safo ou de enterrar-se com o seu amante, como Cleópatra. Ensinava piano. Era esse o único recurso que tinha para sustentar-se e a sua mãe, pobre velha a quem os anos e a fadiga de uma vida trabalhosa não permitiam já tomar parte nos labores de sua filha. Malvina (era o nome da pianista) era estimada onde quer que fosse exercer a sua profissão. A distinção de suas maneiras, a delicadeza de sua linguagem, a beleza rara e fascinante, e mais do que isso, a boa fama de mulher honesta acima de toda a insinuação, tinha-lhe granjeado a estima de todas as famílias.

A cada nova leitura de Machado de Assis eu fico encantada, surpresa e sempre muito reflexiva. Acho, acho não tenho certeza, que já posso incluir o autor entre meus favoritos da vida. Apesar de A pianista ser uma história curta, eu adorei tanto o conto que ele ganhou um vídeo grandão especial no Estante da Nine. O motivo? A história trata sobre preconceito social entre ricos e pobres e apesar dos muitos imprevistos na vida do casal protagonista, o final da história tem uma mensagem positiva, muito importante para o século XIX e ainda mais para nós do século XXI, que com a tecnologia percebemos uma imensa onda de preconceitos e racismo. História muito recomendada e espero que o vídeo desperte o interesse de vocês!


Beijos!
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