Mostrando postagens com marcador Douglas Adams. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Douglas Adams. Mostrar todas as postagens

5 de agosto de 2010

Praticamente inofensiva de Douglas Adams

Atualizado dia 07 de junho de 2025


Situações hilárias, personagens imprevissíveis, descrições poéticas e paisagens surrealistas se mesclam com perfeição, resultando numa trama cheia de suspense, comédia e filosofia. Depois de muitos anos, ArthurDente, Tricia McMillan e Ford Prefect se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco a vida de todos.

Tenho um certo receio quando começo a ler o último livro de uma série. Nem todos são interessantes e muitos não dizem nada de mais, não acrescentam. A história fica saturada e cheia de repetições. Isso não aconteceu com O Mochileiro da Galáxias. O último livro, Praticamente Inofensiva é o melhor dos cinco. Lançado em 1992, ele traz uma história muito diferente dos outros quatro, com os mesmos personagens. Muitos dizem que ele não faz parte da série por essas características. O fato é que ele quebra a expectativa. E isso é fundamental para um livro, ainda mais o último de uma série.

Pois bem. Arthur leva uma vida pacata, em um planeta não muito parecido com a Terra fazendo sanduíches. Depois de sair da Terra junto com Fenchurch, que se perde durante a viagem no espaço, Arthur também fica perdido e sem rumo. Roda alguns planetas, mas não encontra seu amor.

Tricia (ou Trillian) está na Terra e trabalha na televisão. Na festa à fantasia, em que Zaphod a convida para ir para o espaço, ela volta para buscar a bolsa e quando retorna, Zaphod já tinha ido. Ela passa anos tentando entender de onde ele é e para onde ele foi. Certo dia, uma nave espacial desce no seu jardim. Ela vai para espaço. Faz inseminação artificial de Arthur.

Ford Prefect descobre que o Guia foi vendido. Tudo está tão diferente e ele não se conforma. Quase morre. Sacrifica um pé de seu sapato preferido. Manda uma encomenda para Arthur. Entendeu alguma coisa? Não? Pois é isso mesmo. O livro é bom porque não faz o menor sentido. Não faz. E não tem final feliz. E tem o Elvis (quem me conhece sabe que sou super fã dele, e quem não conhece tá sabendo agora). O livro é confuso e hilário, e por ser tão diferente separei algumas citações:

"Nada viaja mais rápido do que a velocidade da luz, com exceção talvez das más notícias, que obedecem a leis próprias e especiais."

"A vida encontra uma maneira de ir levando as coisas em qualquer lugar."

"Cada decisão que tomamos, cada vez que respiramos, abre algumas portas e fecha várias outras. Não percebemos a maioria, mas notamos algumas."

"Praia não é apenas uma estada. É um estado de espírito."

Beijos!

27 de julho de 2010

Até mais, e obrigado pelos peixes! de Douglas Adams


Atualizado dia 06 de junho de 2025

 

Depois de viajar pelo Universo, ver o aniquilamento da Terra, participar de guerras interestelares e conhecer as mais extraordinárias criaturas, Arthur está de volta ao seu planeta. Tudo parece igual, mas ele descobre que algo muito estranho aconteceu na sua ausência. Curioso com o fato e apaixonado por uma garota tão estranha quanto o que quer que tenha acontecido, ele parte em busca de uma explicação.

Até hoje sempre que terminava de ler um livro eu tinha uma opinião sobre ele. Bom, ruim, legal, divertido, engraçado, tedioso, chato. Pela primeira vez fiquei em dúvida e não cheguei a conclusão nenhuma sobre Até mais, e obrigado pelos peixes! Primeiro porque ele não segue o mesmo ritmo dos outros três livros da série. O assunto central do livro é pouco tratado ao longo das 203 páginas. Arthur Dent vive em busca da sua paixão e Ford Prefect, esse também desaparece.

É claro que as pitadas de humor, típicas de Douglas Adams, continuam lá. As críticas, também. Mas o livro segue uma descrição mais tediosa. Talvez isso seja proposital, já que Arthur está de volta a Terra e de volta aos problemas que os humanos tanto se preocupam e vivem em torno disso. Mas faltou algo. 

Sigo agora para Praticamente Inofensiva, último livro da série, que pode  e deve ser o esclarecedor de tudo que ficou para trás. Se bem que o estilo Douglas Adams pode deixar muitas coisas sem explicação, justamente porque existem coisas sem explicações.

Beijos!

9 de julho de 2010

A vida, o universo e tudo mais de Douglas Adams

Atualizado dia 06 de junho de 2025



Talvez Arthur até preferisse continuar isolado em sua caverna escura, úmida e fedorenta a encarar a próxima aventura para a qual seria forçosamente arrastado: salvar o Universo dos temíveis robôs xenófobos do planeta Krikkit.

O terceiro livro da série O Mochileiro das Galáxias é o mais denso. Arthur fica por um tempo isolado na Terra pré-histórica e tem atitudes que não condizem com sua realidade, é claro. As coisas para ele perdem um pouco o sentido nesse livro e ele passa a ser uma figura irritante e deslocada.

Arthur não acompanha os pensamentos dos demais personagem e o que mais faz é perguntar, perguntar e perguntar. Demorei um tempo a mais para terminar de ler esse terceiro volume por conta disso. As pitadas de humor continuam lá.

Políticos que não se importam com os reais problemas dos seus planetas. As fêmeas interessadas em status e dinheiro (pitadinha de machismo) e os jornalistas loucos (concordo com Adams, como estudante de jornalismo sem bem como se fica surtado).

E claro: o ponto central do livro é a própria existência e a responsabilidade de salvar o universo. E tudo mais. Os personagens intercalam otimismo, medo, coragem e brincadeiras. Agora Arthur quer ficar fora dessas viagens pelo universo e descansar em um planeta calmo e tranquilo. Será que ele consegue. Próxima aventura: Até mais, e obrigado pelos peixes!

Beijos!

29 de junho de 2010

O restaurante no fim do Universo de Douglas Adams




Depois de escapar da destruição da Terra, o humano Arthur Dent faz amizades e se enturma com a mais estranha tripulação do Universo. Seus amigos de viagem são Ford Prefect, alienígena e correspondente do livro O Guia do Mochileiro das Galáxias. Zaphod Beeblebrox, ex-presidente da Galáxia e procurado pela polícia interplanetária; Trillian, humana que fugiu da Terra com Zaphod depois de uma festinha; e Marvin, um andróide maníaco-depressivo. A bordo da nave Coração de Ouro, Dent e seus amigos partem em busca de um lugar para comer. Depois de fazerem a mais estranha refeição de suas vidas, eles seguem pelo espaço para encontrar o homem que rege o Universo e acabam por desvendar a questão sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais.

Douglas Adams foi um gênio. Não só pelos cinco livros que compõe essa série, mas pelas críticas que fez através da sua ficção bem escrita. O primeiro, confesso, foi difícil. Eram nomes de personagens e planetas e em determinado momento as coisas ficaram confusas. O segundo é sensacional.

A maioria das pessoas conhece a história de O Guia do Mochileiro das Galáxias pelo filme que foi lançado há alguns anos. Mas como em toda a adaptação algumas coisas foram trocadas ou cortadas. E nesse caso a ordem dos fatores altera sim o produto.

Nesse segundo livro, O Restaurante no fim do Universo, a leitura é mais rápida e fluida, uma vez que você já conhece os personagens. Arthur e Ford passam por situações bizarras e as críticas, continuam lá. Ao contrário de outras séries, em que muitas vezes a sequência não segue o nível de qualidade do primeiro, Adams conseguiu melhorar as aventuras nesse livro.

A questão principal segue sendo o criador do universo e a resposta para tudo, e o autor introduz um outro ponto que me chama atenção: a incrível capacidade de sempre se buscar a culpa dos erros em outras pessoas e o incrível poder de discriminação que os seres (todos eles) tem. Sigo para o terceiro livro da série: A Vida, o Universo e Tudo Mais

Beijos!

ATUALIZADO DIA 06 DE JUNHO DE 2025
Primeira publicação do blog com o formato que deu origem ao padrão clássico do Estante da Nine.

2 de junho de 2010

O guia do mochileiro das galáxias de Douglas Adams

Simples é algo que não se pode dizer desse livro. Mas incrível, certamente. Douglas Adams conquistou muitos leitores com a história de um terráqueo e um extraterrestre. Evidentemente, não vou contar o livro, mas Adams, em meio as aventuras desses dois personagens, Ford Prefect e Arthur Dent, consegue expressar como somos seres sem sentido

Atualizado dia 06 de junho de 2025

Passamos a vida procurando uma resposta, só que não sabemos a pergunta. Menosprezamos todos os outros seres, nos achando os superiores, inteligentes, quando na verdade não conseguimos resolver problemas casuais. Somos dependentes de respostas, seja ela qual for. Agimos de forma contraditória para seres racionais como nos classificamos e queremos sempre tornar tudo finito, mesmo quando, no fundo, temos certeza absoluta que é infinito. 

A existência nunca vai ter uma resposta, nem mesmo o Universo. Sempre haverá mais para se descobrir, sempre existirá algo além da nossa capacidade de pensar, calcular... E é isso que passa quando lemos O Guia do Mochileiro das Galáxias. A lição desse primeiro volume: perca mais tempo vivendo do que procurando respostas.