5 de agosto de 2010

Praticamente inofensiva de Douglas Adams






Situações hilárias, personagens imprevissíveis, descrições poéticas e paisagens surrealistas se mesclam com perfeição, resultando numa trama cheia de suspense, comédia e filosofia. Depois de muitos anos, ArthurDente, Tricia McMillan e Ford Prefect se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco a vida de todos. 


Tenho um certo receio quando começo a ler o último livro de uma série. Nem todos são interessantes e muitos não dizem nada de mais. Não acrescentam. A história fica saturada e cheia de repetições. Mas, isso não aconteceu com O Mochileiro da Galáxias. O último livro, Praticamente Inofensiva é o melhor dos cinco, na minha opinião. Lançado em 1992, ele traz uma história muito diferente dos outros quatro, com os mesmos personagens. Muitos dizem que ele não faz parte da série por essas características. O fato é que ele quebra a expectativa. E isso é fundamental para um livro, ainda mais o último de uma série.

Pois bem. Arthur leva uma vida pacata, em um planeta não muito parecido com a Terra fazendo sanduíches. Depois de sair da Terra junto com Fenchurch, que se perde durante a viagem no espaço, Arthur fica perdido e sem rumo. Roda alguns planetas, mas não encontra seu amor.

Tricia (ou Trillian) está na Terra. Trabalha na tevê. Na festa à fantasia, em que Zaphod a convida para ir para o espaço, ela volta para buscar a bolsa e quando retorna, Zaphod já tinha ido. Ela passa anos tentando entender de onde ele é e para onde ele foi. Certo dia, uma nave espacial desce no seu jardim. Ela vai para espaço. Faz inseminação artificial de Arthur.

Ford Prefect descobre que o Guia foi vendido. Tudo tá tão diferente e ele não se conforma. Quase morre. Sacrifica um pé de seu sapato preferido. Manda uma encomenda para Arthur. Entendeu alguma coisa? Não? Pois é isso mesmo. O livro é bom porque não faz o menor sentido. Não faz. E não tem final feliz. E tem o Elvis [quem me conhece sabe que sou super fã dele, e quem não conhece tá sabendo agora].

O livro é confuso e hilário. Por ser tão assim, diferente, separei algumas frases:

"Nada viaja mais rápido do que a velocidade da luz, com exceção talvez das más notícias, que obedecem a leis próprias e especiais."

"A vida encontra uma maneira de ir levando as coisas em qualquer lugar."

"Cada decisão que tomamos, cada vez que respiramos, abre algumas portas e fecha várias outras. Não percebemos a maioria, mas notamos algumas."

"Praia não é apenas uma estada. É um estado de espírito."

Beijos!

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