As confissões das irmãs Sullivan
Autora: Natalie Standiford
Editora: Galera
Edição: 2015
Páginas: 352
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Quando o futuro da família está em jogo, não há segredo grande ou pequeno demais. A avó das irmãs Sullivan reúne a família para anunciar que em breve morrerá. E, possivelmente pior, que removeu toda a família de seu testamento. Como ela é a fonte de quase toda a renda familiar, isso significa que ficarão sem um tostão. Ela foi ofendida por alguém da família, mas diz que, se o ofensor se revelar com uma confissão do seu crime enviada para seu advogado, ela pode recolocar a família no testamento. Agora, nenhum segredo é grande ou demais para as irmãs Sullivan. E que comecem as confissões.
Lá vem a Nine, a mais chata das chatas, para escrever sobre outro livro que poderia ser muito legal, mas foi só ok. Porém, antes de tudo, olá, como estão?! Por aqui, depois de um baita temporal, a segunda está esquisita. Além de sombria, se arrastando como nunca. O que, na verdade, não chega a ser de todo ruim porque estou escrevendo o segundo post do dia e também li um pouco. Enfim, chega de papo furado e vamos ao tema principal…
As confissões das irmãs Sullivan tem uma premissa interessante e por isso solicitei o livro para a Galera. Depois de Mentirosos pensei que seria interessante tentar outras histórias com o tema família, um assunto que naturalmente me interessa. O ponto de partida do livro de Natalia Standiford é o anúncio da avó e matriarca da família, em plena a noite de Natal, de que o filho, a nora e os seis netos estavam fora do testamento por conta de uma ofensa que um deles cometeu. Poderosa Lou é a figura mais respeitada de Baltimore e faz valer suas palavras. Então, dá um prazo para que o responsável confesse seus atos ou então todos perdem a fortuna.
Ok, parece interessante né?! Mas o primeiro ponto que me desagradou já no segundo capítulo do livro é que, imediatamente, os pais sinalizam as três filhas como culpadas. Em nenhum momento eles consideram a possibilidade de que os meninos, apesar dos dois filhos mais velhos estarem em outra cidade e o mais novo ser uma criança, possam ser os responsáveis pela ofensa e deserdamento.
Natalie Standford aborda um tema delicado no livro, que vou me referir aqui como pais descompromissados, mas em momento algum debate o fato com coerência. Ela joga ali e pronto. O casal não dá bola pros filhos e eles, por outro lado, estão conformados com a situação (isso porque são uma família de alto poder aquisitivo com uma empregada/ babá suprindo a carência dos pais). Enfim, achei que o tema ficou incompleto e a desejar durante todo o livro. A participação (ou falta dela) dos dois filhos mais velhos também não ficou clara. Apesar de serem citados com frequência, não é como se alguém realmente sentisse falta deles, sabe?!
O livro é dividido em três cartas. A irmã mais velha é autora da primeira e a história, no geral, é a melhor das três. Por se tratar de uma família tradicional espera-se que, geração após geração, os filhos sigam mantendo os bons contatos. Norrie, obviamente, se apaixona por quem “não deve” e na noite do baile de debutantes toma uma decisão que confronta diretamente Poderosa Lou.
A segunda confissão, de Jane, acontece porque a adolescente cria um blog para expor os segredos de sua família e como se tornaram tão ricos. Eu gostei muito da parte inicial e até imaginei que a carta de Jane seria minha favorita, até que as coisas tomam um rumo que, sinceramente, me decepcionou demais. A terceira mensagem é de Sassy e sua certeza de que é imortal depois de sair ilesa de uma série de acidentes. Achei essa última tão boba e sem sentido que, bom, não tem muito o que comentar sobre ela.
Resumindo toda a ideia: a proposta do livro é interessante, com algumas cenas que valem a pena, mas que poderia ter sido explorado de tantas outras maneiras e não foi. Sabe frustração?! Pois é. Além disso, me incomodou demais o fato de que, em momento nenhum, as irmãs Sullivan confessam os “erros” por arrependimento. É só pela herança mesmo e, pessoalmente, não é o tipo de mensagem que acho válida passar aos adolescentes. Minha cotação foi de três estrelas no Skoob.
Levem em consideração que eu não sou o público-alvo do livro e, neste caso, acho que ele pode funcionar muito melhor para os pré-adolescentes e adolescentes. É principalmente para este público que recomendo. Acredito que se você está nos vinte e poucos anos como eu, As confissões das irmãs Sullivan não será uma leitura tão interessante assim. Sobre a edição, gosto da capa e das cores. A diagramação tem boa fonte e entrelinha e o livro é impresso em papel off-white. Encontrei alguns erros de revisão, como palavras com grafia errada, mas nada que influencie o ritmo de leitura, e minha edição está com uma página impressa errada (a 94 repete a 74).
UFA! Escrevi pra caramba (de novo). Infelizmente, como comentei na resenha de Amy e Mathew, preciso dar um tempo nos livros jovens porque eles realmente não estão me empolgando. As confissões das irmãs Sullivan chamou sua atenção?! Eu tenho muita vontade de ler Como dizer adeus em robô também de Natalie Standiford. Quem já leu? Gostou? Participe com seu comentário.
Beijos!
Fotos: Nine Stecanella
*Livro recebido da editora Galera, parceira do Estante da Nine
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