6 de novembro de 2016

Prodigy de Marie Lu



Prodigy
Os opostos perto do caos
#2 Legend
Autora: Marie Lu
Editora: Prumo (Rocco)
Edição: 2013
Páginas: 304
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Legend de Marie Lu
Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez. Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

Cuidado com spoilers do primeiro livro, Legend!



Prodigy de Marie Lu foi minha escolha de livro da bolsa do mês de outubro e ainda bem que tirei o volume dois da trilogia Legend da estante. Eu gostei muito da história anterior, mas em Prodigy a autora soube usar tudo a favor para deixar o enredo ainda mais interessante e tenso. O início do livro acontece apenas alguns dias após a fuga de June e Day de Los Angeles e a situação dos protagonistas não é nada, nada boa.

Sem dinheiro e contando com o apoio incerto dos Patriotas, grupo de oposição da república, June e Day encaram uma longa viagem de trem até Las Vegas para tentar salvar suas vidas. O agravante da situação é o ferimento grave na perna de Day, que está consumindo as forças do criminoso mais procurado da república e que para todos os cidadãos está morto (ou não). Apesar das adversidades, os dois finalmente chegam ao destino e encontram o líder do grupo de oposição ao Eleitor. No entanto, a proposta feita para June e Day é ousada e vai mudar não só suas vidas, como interferir no futuro da República e das Colônias




O meu ponto favorito do livro foi como Marie Lu colocou os dois protagonistas em uma situação extremamente delicada, sem muitas alternativas a não ser dizer sim ao plano de Razor, e como também aos poucos a autora foi mostrando tanto para June e Day, quando para o leitor, que nem tudo o que parece é, e como a vida tanto na República como nas Colônias têm seus prós e contras. Muita história foi omitida da população e neste volume June e Day têm a chance de entender melhor a situação de um ponto de vista mais amplo.

Em Prodigy também é visível como a política e o poder dominam e doutrinam a população, assim como usam seus principais expoentes para passar uma mensagem que nem sempre é real. Um dos grandes méritos do livro é que ele mostra ao leitor como uma guerra acontece e como as diferenças ideológicas funcionam, e guardadas as proporções é fácil relacionar o que acontece no livro a alguns conflitos mundiais.

June e Day estão agora sob e comando de Razor e outro ponto positivo da história é que alguns outros personagens ganham espaço. Tess volta para a trama agora como uma aprendiz de médica e mais forte do que parecia antes. O novo Eleitor sem dúvida é uma das figuras mais misteriosas, porque não fica claro suas intenções e nem sua personalidade. Kaede foi sem dúvida minha favorita porque é uma verdadeira badass (mais que a June, inclusive), e pilota aviões, além de não ficar exatamente claro de que lado está



Por fim, não posso deixar de comentar sobre o quadrado amoroso do livro. Mas espere, se você assim como eu torce o nariz para enredos que focam nesse aspecto, saiba que Marie Lu merece mais um elogio aqui. Primeiro porque ela cria um conflito entre June e Day, depois porque, separados, ambos vão se questionar se gostam mesmo um do outro. Day e Tess passam por algumas situações constrangedoras, enquanto o Eleitor faz propostas irrecusáveis para June. No final eu queria mesmo saber como tudo ia se resolver (ou não).

Minha nota para Prodigy no Skoob é de quatro estrelas e favorito. Não cotei com a avaliação máxima porque em alguns trechos do livro eu esperei um desenvolvimento mais ágil, o que não aconteceu, e também porque o final me deixou dividida e de coração partido. Faz sentido o que Marie Lu escolheu? Faz sim, mas mesmo assim... E vocês, já leram a trilogia Legend?

Beijos!

Fotos: Nine Stecanella
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