27 de novembro de 2016

Champion de Marie Lu



Champion
Do caos e da lenda surgirá um campeão
#3 Legend
Autora: Marie Lu
Editora: Rocco
Edição: 2014
Páginas: 302
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Legend de Marie Lu
No emocionante desfecho da trilogia Legend, June ocupa uma posição privilegiada no governo e Day trocou a alcunha de criminoso mais procurado do país pela de herói nacional. Mas quando tudo parece conspirar a favor da paz, a ameaça da guerra ressurge na forma de um vírus mortal que começa a espalhar o pânico entre as colônias. Em Champion, a vida de milhares de pessoas está novamente nas mãos de June, a menina-prodígio da República. Mas salvá-las significa também enfrentar novos desafios e exigir novos sacrifícios de seu amor.

ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES: LEGEND E PRODIGY!

Ler Champion foi uma montanha russa de sentimentos. Favoritei Prodigy porque gostei muito do segundo volume da trilogia Legend, tanto que no mesmo mês peguei a sequência e último livro, mas não posso dizer que Champion me deixou satisfeita. Ok, não detestei, pelo contrário, até gostei, mas a história tinha potencial para muito, muito mais. Aquilo que eu gostei nos volumes anteriores não se repetiu neste terceiro livro e no final das contas fiquei em cima do muro entre o gostar e não gostar tanto assim.

A história de Champion começa oito meses após o desfecho de Prodigy e June e Day, além de estarem em cidades diferentes, não conversaram durante esse tempo. No entanto, uma situação muito desagradável irá fazer com que os dois protagonistas se aproximem e fantasmas do passado voltem a reinar sobre suas cabeças. O governo promissor de Anden, o novo Eleitor, está ameaçado por uma praga que está devastando as Colônias e chegando as fronteiras da República com o agravante do aviso imediato de invasão. No final das contas, Anden, June, Day e os Patriotas terão de fazer o possível e o impossível para evitar uma guerra que irá devastar, sem dúvidas, a República.



Dito isso, vamos ao que interessa: o romance tem espaço demais no livro. Eu adoro acompanhar a história nada convencional de June e Day, mas um dos motivos por ter gostado tanto de Legend e Prodigy é que claramente a parte do relacionamento fica em segundo plano, afinal de contas existe toda a tensão de uma guerra. Em Champion não. A sensação aqui é que a guerra gira em torno de June e Day quando na verdade o enredo poderia explorar muito mais a política internacional, por exemplo, que fica resumida a um capítulo e alguns comentários.

Neste ponto da trilogia eu também esperava mais representatividade de outras cidades da República, mas ficamos no eixo Denver, Los Angeles e Las Vegas, sem muito contexto do resto do território. O mesmo serve para as áreas das Colônias da América, que eu gostaria de ter conhecido um pouco melhor ao longo da trilogia, mas o maior destaque fica por conta da administração corporativa.

O romance não me agradou, mas as articulações de June e Day foram alguns dos meus trechos favoritos. É evidente que apesar de jovens, os dois protagonistas aprenderam a lidar com o jogo político e de poder dentro da República, sem perder as inseguranças do passado ou fugir das características da idade, afinal estamos acompanhando jovens de 17, 18 anos e por mais idealistas e preparados que sejam é normal que comentam erros.

Um ponto positivo de Champion é a participação efetiva de personagens secundários. Anden aparece com mais frequência nesse volume, assim como Éden, o irmão de Day. Os Patriotas de Prodigy estão novamente em cena e apesar da desconfiança inicial são importantes para o desfecho do livro. A história tem alguns bons momentos de ação e cenas políticas importantes, mas faltou algo para dar ao livro a seriedade real na parte da guerra.



Por fim, o ponto que realmente me desagradou e me deixou indecisa sobre o livro é que, além do foco exagerado no romance, o desfecho político é feito num piscar de olhos. Quando terminei de ler fiquei algum tempo pensando se eu não tinha entendido direito, ou se era aquilo mesmo e apesar de muitos leitores comentarem sobre o final vago, o que me incomodou mesmo foi não saber ao certo como a situação da República foi resolvida. Ou melhor, o depois da resolução. Aliás, tem uma passagem de tempo de 10 anos que achei desnecessária, mas...

Entre altos e baixos, eu avaliei o livro com 4 estrelas no Skoob, mas pensando em 3,5. No geral eu adorei ler a trilogia Legend e por isso minha nota para o terceiro volume foi alta, apesar de reclamar de alguns aspectos. Além disso, o universo de Marie Lu daria boas histórias em territórios como a Antártida e a África, tecnologicamente apresentados como nações mais avançadas que a República. Quem sabe! Tu já leu ou tem interesse em ler a trilogia Legend?

Beijos!

Fotos: Nine Stecanella
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