A ideia de escrever sobre conexão literária começou quando li os primeiros capítulos de Humilhados e ofendidos de Fiódor Dostoiévski e logo lembrei de outra história: Amor de perdição de Camilo Castelo Branco. Logo alguns temas para debate ficaram na minha cabeça, também porque aparecem em outros enredos - como o da peça Romeu e Julieta de William Shakespeare, e fiz algumas anotações para propor a discussão no Estante da Nine. Então, aqui está!
Leia as opiniões de Humilhados e ofendidos e Amor de perdição
Diferente do vídeo, que comentei sobre isso no final, aqui para a publicação acho importante ressaltar que Humilhados e ofendidos e Amor de perdição têm temas em comum, foram escritos no mesmo ano - 1861 (o livro português foi publicado um ano depois), mas tem narrativas e desenvolvimentos diferentes, além de incorporarem questões regionais, o de Fiódor Dostoiévski da Rússia, o de Camilo Castelo Branco de Portugal.
Faz um bom tempo que não gravo um vídeo para esse quadro que começou lá em 2015/ 2016 e fala sobre aleatoriedades, experiência de leitura ou temas em comum em livros, caso do debate de hoje, e estou empolgada para escrever e retomar colunas paradas. Em Humilhados e ofendidos e Amor de perdição um jovem casal que precisa lidar com a rixa entre os pais, que por vingança ou egoísmo, que existe há tempos, para poder se relacionar. Porém, o desafio leva o leitor a acompanhar histórias destrutivas e tristes.
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DEBATE
- O primeiro que quero propor para discussão é a tradição familiar versus a impetuosidade da juventude. O ponto de partida de ambas histórias (e da peça Romeu e Julieta), é um romance proibido entre adolescentes/ jovens, que se apaixonam contra a vontade dos pais, e resolvem encarar todas as consequências para viver esse amor.
- Outro ponto em comum entre os dois livros é um terceiro elemento, quase formando o triângulo amoroso, e disposto a tudo por um dos personagens do casal, mesmo que a chance de ter o sentimento correspondido seja nula. Novamente personagens dispostos a tudo pelo outro, pela política familiar, abdicando da própria ambição.
- Por fim, para encerrar o trio de temas, a decepção familiar e amorosa. Por falar de um grau de parentesco tão próximo é de se esperar que haja alguns consentimento final, mas na verdade não. Fiódor Dostoiévski e Camilo Castelo Branco retratam pais e filhos imperfeitos e dispostos a ruína pela palavra final e pelo orgulho, tema extremamente atual, né?
Então é isso, espero que a publicação de hoje tenha sido interessante, já que a conexão literária foi por acaso, eu falho frequentemente nos projetos de leitura e espero mudar isso logo, e aceito dicas e sugestões de outros temas para abordar nessa coluna no Estante da Nine, aqui no blog e também lá no canal (já é inscrito?).
Assista ao vídeo de discussão publicado no canal do Estante da Nine
Foto: Nine Stecanella
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