17 de junho de 2013

O eterno Barnes de Salustiano Luiz de Souza





O eterno Barnes
Viver para sempre pode custar caro
Autor: Salustiano Luiz dos Santos
Editora: Novo Século
Edição: 2013
Páginas: 248
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Doutor Barnes, um famoso neurocirurgião, começa a desenvolver na Universidade onde trabalha uma pesquisa científica tentando transformar os dados do cérebro em arquivos de dados, codificando-os de modo que possam ser copiados. Com o avanço da pesquisa, acaba conseguindo copiar para o computador todos os dados de memória que formam o ser humano, como suas experiências, suas emoções, suas recordações, enfim, sua vida. Ao contrário do que deveria ocorrer, Barnes, cada vez mais, esconde suas pesquisas, pois seu objetivo passa a ser implantar seu próprio cérebro em outro paciente, mais jovem e sadio, pois está acometido de uma séria doença. Busca, desta forma, alcançar a tão almejada eternidade. Para isto, não mede as consequências de seus atos, que passam a ser justificados pela ambição que lhe domina. Conseguirá Barnes o seu intento?

Oi gente, tudo bem? Acredito que o título e o subtítulo mostram bem a ideia geral do livro. Barnes é um médico brilhante envolvido em um projeto ambicioso: ser imortal. Diferente do que pode parecer, o livro caminha para o lado da ciência, e não da “fantasia”. Obcecado pela ideia, ele faz uma descoberta impressionante... A consciência humana pode ser armazenada em um computador e transferida para outro corpo.

O livro parte desse ponto e evolui a partir da descoberta de detalhes da experiência. O interessante é perceber como cada personagem que toma conhecimento sobre o projeto fica vidrado na ideia. Todos são transformados pela ambição de uma grande recompensa, de um grande reconhecimento. E Barnes, que pretendia manter tudo em segredo, perde o controle da situação.




O livro, embora curto, tem parte dele tomado pelas divagações dos personagens. Então, se você não tem paciência para este tipo de enredo, fique atento. Confesso que no começo esse ponto não me incomodou. Os pensamentos sobre a vida e a morte eram pertinentes para o momento da história. Mas em dado momento começou a se tornar cansativo e a leitura travou um pouco.

Em meio a todo esse jogo, evidentemente algumas situações muito suspeitas começam a acontecer. O autor chega a introduzir uma pequena investigação que, pessoalmente, eu gostaria de ter visto com mais espaço no livro, mas o desenrolar não foi o esperado (pelo menos para mim). Barnes, por certos momentos, tem pesamentos humanos, questionando suas atitudes. Seriam elas corretas? Mas sua conclusão é sempre a mesma: a descoberta está acima da ética.

O enredo principal do livro é curto e prefiro não comentar mais sobre ele para não correr o risco de escrever de mais. Como já mencionei acima, as divagações ocupam boa parte do livro porque o tema central, a descoberta, é importante e arriscada. O final me surpreendeu e até deixou as portas abertas para uma possível sequência da história e alguns personagens pagam um preço alto pelo envolvimento nesse jogo.

A capa faz muito sentido e a edição tem uma boa diagramação com páginas amarelas. Não anotei para mencionar aqui nenhum erro grave. Indico a leitura para quem gosta de refletir sobre as questões de vida e morte e para quem gosta de dilemas que, por vezes, superam até mesmo os princípios básicos de convivência em sociedade. Obrigado Salustiano Luiz de Souza pelo envio do livro e a oportunidade de compartilhar minha opinião com os leitores do Estante da Nine.

Confira o booktrailer de O eterno Barnes:

Beijos!
*Livro recebido do autor Salustiano Luiz de Souza
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3 comentários:

  1. Nine pela sua descrição pensei um pouco em Frankstein, mais moderno e com a diferença do cientista estar fazendo a experiência em si mesmo e usando a tecnologia disponível a eu favor, não sei se enxerguei corretamente.
    Para mim seria um livro que precisaria estar no clima de questionar mais o mundo a minha volta e as questões abordadas para ler, mas me parece bem interessante.

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  2. Vou ler, precisamos dar apoio aos nosso autores, jovens precisamos observar
    com carinho os autores Nacionais, Valeu! obrigado pela sugestão

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