9 de setembro de 2019

A Dama Dourada - dirigido por Simon Curtis (I)



A Dama Dourada
(Woman in Gold)
Direção: Simon Curtis (I)
Produção: Origin Pictures
Ano: 2015
Duração: 109 minutos
Filmow | IMDb
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Por enquanto as leituras seguem lentas, mas no final de semana assisti um filme que há tempos estava de olho e sempre perdia o começo. Sábado de tarde, trocando de canal, eu finalmente encontrei a Dama Dourada prestes a começar e foi a oportunidade ideal para matar a curiosidade. O resultado de tudo isso é que o filme de Simon Curtis (I) precisava de uma indicação e um registro no Estante da Nine.

Baseado em fatos reais, o filme ambientado na década de 1980 retrata a batalha de Maria Altmann, uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial vivendo nos Estados Unidos, pela recuperação da pose do quadro de Gustav Klimt - A Dama Dourada, um retrato de sua tia e arte roubada pelos nazista durante a invasão na  Áustria. Começa então uma batalha judicial entre Maria, ajudada pelo jovem advogado Randy Schoenberg, contra o governo austríaco.


A Dama Dourada sem dúvida foi daquelas boas surpresas de um sábado a tarde. Primeiro porque tem um tema interessante, a luta de uma mulher contra uma nação pela pose de uma obra de arte que era propriedade privada da família. Antes de saber que o filme era baseado em fatos reais eu me peguei no dilema: é certo privar o mundo de contemplar um quadro? E pior: é certo os museus permaneceram com artigos roubados durante a guerra?

Outro ponto positivo do filme é equilibrar a complexidade do processo, que poderia ter ganhado um pouco mais de espaço, mas mesmo assim mostra os muitos caminhos do direito, com a vida e dilemas atuais dos dois protagonistas, Maria e Randy, e ainda flashbacks do passado na Áustria, pré invasão de Hitler, e todo clima tenso que permeava o país


Eu sou leiga no tema artes, mas por acaso (ou talvez nem tanto), por conta da capa de A cama desfeita de Françoise Sagan, edição da coleção Grandes Sucessos, eu já tinha pesquisado sobre Gustav Klimt, e foi imediatamente que reconheci A Dama Dourada na primeira cena em que aparece no filme. Muito, é claro, pelas cores e pelas formas geométricas, e é interessante perceber como as poucos a gente conhece algo novo e faz conexões imediatas.

Eu adoro Ryan Reynolds e gostei da atuação dele como advogado, como o personagem entende ao longo do enredo a importância do pedido de Maria e como há uma virada da metade para o final na determinação do protagonista. Helen Mirren entrou para a lista de atoras que preciso conhecer o trabalho urgente, assim como Tatiana Maslany, as duas interpretam a personagem Maria em fases diferentes da vida.


Como fã de coisa antiga (ou vintage como é popular no momento), eu adorei os cenários e a caracterização dos personagens. Minhas cenas favoritas sem dúvida são na casa de Maria na Áustria, um cenário peculiar e que também me fez pesquisar mais sobre o país. O figurino de época também é incrível e me faz querer usar saia e camisa todo dia (vira obsessão depois de certo ponto, sério). O contexto dos anos 80 também é interessante porque já é bem mais reconhecível para minha geração, mas que ao mesmo tempo faz conexão com a década de 1940.

A ideia era começar a semana com uma dica rápida, mas deu pra perceber como eu gostei do filme dirigido por Simon Curtis (I), né?! Recomendo A Dama Dourada para quem gosta de enredos que misturam dramas reais com ficção histórica (ou pano de fundo histórico), direito, Segunda Guerra Mundial, construção dividida entre presente e passado e, é claro, para quem gosta de figurino e história da arte (e da moda).

Beijos!

Fotos de A Dama Dourada: IMDb
Capa do filme e obra de Gustav Klimt: Google
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