A caverna das maravilhas
#5 Infinity Ring
Autor: Matthew J. Kirby
Editora: Seguinte
Edição: 2014
Páginas: 240
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Infinity Ring
Próxima parada: Bagdá, 1258. É para lá que o Anel do Infinito manda Sera, Dak e Riq, com o objetivo de corrigir mais uma falha histórica em sua missão de salvar a humanidade. Em meio a caravanas de mercadores e feiras onde são vendidos perfumes, sedas, tapetes e especiarias, os três aventureiros precisam descobrir um jeito de impedir a destruição de uma das maiores bibliotecas da época. Os mongóis estão cada vez mais perto, e o cerco a Bagdá é inevitável. Pelo que Dak sabe, os invasores vão jogar todos os livros da cidade no rio Tigre, até deixá-lo preto de tanta tinta! Mas a importância dessas páginas vai além da preservação de documentos históricos: sem as informações contidas ali, os três viajantes do tempo não poderão continuar a missão, e tudo o que eles conseguiram até então irá por água abaixo. Agora, os riscos são maiores do que nunca.
O post de hoje é sobre o livro A caverna das maravilhas, o quinto volume da série Infinity Ring, escrito por Matthew J. Kirby. Quem acompanha o Estante da Nine há algum tempo já deve ter me visto comentar que eu adoro ler histórias infanto juvenis e essa série, que mistura história e ficção científica, é uma das minhas favoritas dos últimos tempos. No entanto, eu esperava um pouco mais do enredo de A caverna das maravilhas.
Nesta história, Dak, Sera e Riq precisam corrigir uma fratura do tempo em Bagdá no século XIII. A cidade está prestes a ser invadida e dominada pelos mongóis e os jovens têm pouco tempo para solucionar os mistérios sobre a missão e encontrar uma forma de salvar algumas das principais relíquias da humanidade guardadas nas bibliotecas de Bagdá. Além da aventura específica, neste quinto volume há uma preocupação constante dos protagonistas sobre as mudanças na linha do tempo e que, é lógico, vão influenciar suas próprias vidas quando voltarem para o futuro (que na verdade é o presente para eles).
Eu fiquei um tantinho decepcionada com A caverna das maravilhas. Quando li a sinopse e descobri que o cenário seria Bagdá logo fiquei empolgada com a possibilidade de ter um ambiente incomum em livros jovens (e até adultos). Mas a aventura deste volume não empolga, Dak, Sera e Riq estão preocupados demais com questões pessoais e os pontos difíceis, na real não são tão difíceis assim. Se levarmos em conta como o exército mongol é descrito, os protagonistas saem de algumas enrascadas fácil fácil.
Se A caverna das maravilhas peca na aventura, trata de outros assuntos também importantes, principalmente se pesarmos que os leitores estão crescendo de acordo com o período em que a história é publicada no Brasil. Neste volume Dak, Sera e Riq precisam se relacionar com pessoas desinteressadas, egoístas e traiçoeiras. É perceptível que os protagonistas lidam muito mais com a parte política e diferenças culturais neste quinto livro, apesar desses elementos estarem presentes nas aventuras anteriores. Existe um clima de tensão constante entre os personagens, não apenas pelas dúvidas sobre o futuro, mas também porque as diferenças entre a personalidade de cada um, em certos momentos, é um verdadeiro fardo para a missão.
Entre altos e baixo, A caverna das maravilhas foi uma leitura regular. Esperei mais de Bagdá como cenário, mas a série Infinity Ring continua muito interessante para quem gosta de história, viagem no tempo e até aventura, apesar de não ser o foco deste quinto livro. Minha nota foi de três estrelas no Skoob.
Minha recomendação para ler Infinity Ring é para quem gosta dos temas que citei acima e também para quem curte conhecer séries infanto juvenis. Certamente é uma boa opção para quem busca incentivar uma criança a entrar no mundo da leitura, porque além dos assuntos interessantes, os capítulos são curtos e dinâmicos e a narrativa é fácil de acompanhar. Vale lembrar que essa série é escrita por um autor diferente a cada livro e apesar de existir um tronco comum, cada um traz suas características para a história. Quem já leu A caverna das maravilhas ou algum outro volume de Infinity Ring me conta como foi a experiência nos comentários.
Beijos!
Fotos: Nine Stecanella
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