
O começo do adeus
Aprendendo a se despedir...
Autora: Anne Tayler
Editora: Novo Conceito
Edição: 2012
Páginas: 208
Skoob | Goodreads
Compre no Submarino
Autora: Anne Tayler
Editora: Novo Conceito
Edição: 2012
Páginas: 208
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Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.
O começo do adeus é um livro sobre perda. Algumas resenhas negativas fizeram com que eu começasse a leitura sem grandes expectativas e, assim, pude aproveitar as 206 páginas de uma forma positiva. O livro não tem um grande ponto alto no enredo, mas a narrativa de Anne Tayler é agradável e fluída. Além de personagens reais e longe dos padrões estéticos altamente consumidos em parte das obras literárias.
Aaron perde a esposa, Dorothy, em uma tragédia. O primeiro questionamento do personagem é que tudo poderia ser diferente “se”... Depois de pensar sobre tudo, Aaron chega à conclusão de que as coisas, de fato, poderiam ter sido diferentes ou poderiam ter acontecido exatamente da mesma maneira.
Anne Tyler intercala a narrativa entre passado e presente para contar ao leitor a história de Aaron e Dorothy e como o personagem enfrenta a morte da companheira. Essa fórmula deixa o livro mais dinâmico e não cai no erro de retratar apenas drama ou romance. Gradativamente os personagens que cercam Aaron também ganham notoriedade. Tudo na medida certa.
Foto: Nine Stecanella |
Eu demorei um pouco para compreender o propósito do livro. Depois de alguns capítulos e muito pensar, cheguei a algumas conclusões. O relato da rotina diária de Aaron, na minha interpretação, mostra como as pessoas se agarram a uma razão para seguirem em frente depois de uma perda (especialmente inesperada). Preenchem o máximo de tempo do dia com algo que possa ser (ou parecer) produtivo.
Contar o passado da relação é uma forma de reviver momentos alegres e tristes. De ver sutilezas antes esquecidas e perceber que um relacionamento nunca é perfeito, mas o choque da perda reforça o quanto a pessoa é importante na vida. As aparições de Dorothy são descritas de forma sutil e leve e não fazem referências a nenhuma religião. Ao final, o leitor pode interpretar a sua maneira. Seria um espírito? Um fantasma? A alma de Dorothy? (Não seriam todas as palavras sinônimas para um mesmo fenômeno?) Ou seria apenas a mente de Aaron revivendo momentos antes esquecidos e palavras não lembradas?!
O trabalho na editora da família rende algumas cenas engraçadas, mas nada que destoe do contexto geral do livro e o final me surpreendeu. Eu não esperava um desfecho como o escolhido por Anne Tayler para seu personagem, Aaron. Foi positivo, devo ressaltar.
A edição da Novo Conceito segue o padrão de boa diagramação e páginas amarelas, com um pequeno detalhe no início de cada capítulo ou na separação de um paragrafo e outro quando o texto muda de “tempo ou lugar”. O único ponto que destoou foi a capa. Não encontrei, ao longo do livro, nenhum momento que pudesse ter servido de inspiração.
Indico o livro para quem gosta de histórias com um toque de realidade, drama, boa narrativa e de rápida leitura.
*Livro recebido da editora Novo Conceito
**Ajude o blog comprando pelo link indicado no post ou através do banner do Submarino;
as compras pagas geram comissão ao Estante da Nine
Quando eu vi essa capa achei ela bonita, mas não imaginava que a história seria assim, mesmo com o título. Pensei ser uma história, sei lá, mais legal. Não me interessei muito, mas gostei da resenha.
ResponderExcluirBeijos
Saindo da Realidade
Já li o livro e gostei bastante e assim como você não encontrei relação da história com a capa. Ótima resenha (:
ResponderExcluirBeijo;*
Naty.
Olá, Janine!
ResponderExcluirJá faz um tempinho que esse livro está na minha estante. Fiquei com vontade de lê-lo após conferir a sua resenha! :)
Beijos!
Tenho vontade de ler esse mesmo sabendo que não vai ser a maior maravilha do mundo. Às vezes a gente precisa de algo desse tipo.
ResponderExcluirSuspeitei quando vi a capa que se tratava de "drama" mas agora depois da sua resenha notei que não é aquela mesmice de sempre, tem um toque de humor e romance. Me interessei pela obra HAHAHHA.
ResponderExcluirAbraços
http://tediosoc.blogspot.com
Oi Nine!
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar do livro e tinha me interessado, depois perdi um pouco essa vontade e ao ler a resenha a vontade voltou, hahaha ;D
Apesar de tudo gosto muito da capa.
Bjs ;*
Tinha uma ideia diferente e mais positiva sobre o livro, devo dizer. Mesmo assim a proposta me intriga. Gosto bastante de histórias "reais", mais lúcidas que as fantásticas.
ResponderExcluirAdorei sua resenha, equilibrada e sincera ;)
Beijos,
Mell Ferraz - blog Croissant Parisiense
Fiquei curiosa com a estória, acho legal esse mix de mundo real com mundo etéreo, essa coisa de não saber bem o que esta acontecendo.
ResponderExcluirEssas histórias sobre perder um amor, ou alguém que amamos nos trazem grandes reflexões!
Nunca tinha ouvido falar do livro até agora, mas parece ser interessante, o estilo da escrita de anne tyler alternando entre passado e presente sempre me chama atenção nos livros, ta na minha lista de desejos ja depois dessa resenha.
ResponderExcluirNão conhecia o livro e achei a história bem interessante. Gosto desse clima melancólico e nostálgico, que "choca", que também me faz pensar sobre o modo que vivo e como posso melhorar. Livros que provocam isso são geralmente os melhores. Boa resenha, me fez querer ler ;)
ResponderExcluirMe interessei pelo livro após sua resenha! Gosto de livros que nos faz refletir. Achei a capa suuper linda, espero lê-lo em breve!
ResponderExcluirBeijos, Anna.
Esse livro parece ser um drama forte.
ResponderExcluirNo minimo que faça uma pessoa chorar e chorar assim como no livro a culpa é das estrelas...
Gostei da sua resenha e fiquei com vontade de ler ele.
Bjs
Parece ser um ótimo livro, assim que sair do aperto com certeza vou compra-lo..
ResponderExcluirPrefiro as histórias reais a fantasia ou outros gêneros, histórias reais são mais "reais" kkk, sei lá, fazem você pensar "será que isso realmente está acontecendo em algum lugar do mundo?"
Bom, vou ler o livro e como sou metido depois eu volto pra dar aminha opinião :)
Adoro o blog..
Beijo ^^
Gostei do que disse sobre aproveitar o livro já que não tinha expectativas, mas mesmo assim não me interessei muito, parece que o livro chega ao próximo do auto-ajuda, e não é meu tipo de literatura preferida ;P
ResponderExcluirÓtima resenha. Bem, esse tipo de literatura triste não é a minha predileta. Eu vivo muito o livro, se a hitória for triste eu fico triste, por mais que alguns romances sejam tristes, me façam chorar, eu me identifico mais com eles, sabe?
ResponderExcluirResumindo, minha preferência são romances e afins, livros mais sentimentais em relação ao coração. Porém, O começo do adeus, não deixa de ser uma ótima leitura, e talvez, provavelmente sim, lerei. A hitória pode não ser "romanticazinha", mas tem sentimento, de tristeza, mas tem. Só fiquei curiosa pelo enredo.
Abraços.
Bem,a capa é linda.É um livro que eu até evitaria de ler,mas na realidade seria um bom livro para mim pois sei exatamente como é ter que dizer adeus para alguém.
ResponderExcluirEnfim,seria um livro que iria acrescentar muito na minha vida.
;)
Gosto muito desse tipo de livro, adorei a resenha, agora estou ansiosa para ler :)
ResponderExcluirLinda Capa! *-*
ResponderExcluir..Ótima Resenha, Deu vontade de ler agora'
BjOs!.
To muito ansiosa pra ler esse livro... Me falaram muito bem dele, mas tem algumas pessoas que não gostaram, o que tem me deixado com um pé atrás pra ler...
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