A última música
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Edição: 2010
Páginas: 397
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Nicholas Sparks
Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virada de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciaram e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor para os filhos passarem as férias de verão com ele na Carolina do Norte. O pai de Ronnie, ex-pianista, vive uma vida tranquila na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida.
Entre os livros mais famosos e populares de Nicholas Sparks lançados no Brasil, A última música era o único da coleção que eu ainda não tinha lido. Apesar de não me considerar uma fã do autor, conheço muitas de suas histórias e confesso que, em certos momentos, quero algo bem doce e romântico e ele sempre é a primeira opção. Prefiro os livros de Nicholas Sparks com personagens adultos, mas a leitura foi boa, apesar de tudo.
A protagonista da história é Ronnie, uma jovem de 17 anos que está em pé de guerra com a mãe por ter que passar todo o período das férias de verão na casa do pai em uma praia na Carolina do Norte (como sempre). A revolta da personagem não é só pela idade, mas também porque desde a separação, Ronnie e seu irmão nunca mais viram o pai e trocaram apenas algumas palavras ao telefone durante esse tempo.
Como ponto de partida do enredo temos como tema central a difícil relação entre pais e filhos. Ronnie cometeu alguns erros em Nova York e isso custou a confiança da mãe e alguns problemas na justiça. Mas também há o romance de verão, como não poderia deixar de ser. Afinal, um cenário com férias e na praia, pede por uma história de amor. E amizade, Nicholas Sparks não esquece de incluir esse tema em sua história.
O maior desafio da leitura foi suportar Ronnie. Logo no começo antipatizei com a personagem e isso perdurou até o fim. Apesar de entender parte dos sentimentos da protagonista, afinal sou filha de pais separados, achei-a mesquinha e egoísta. A verdade é que Ronnie sempre se importou só com seus sentimentos e nunca pensou de que forma a separação havia atingido a vida de cada um na família.
Steve, pai de Ronnie, parece facilmente manipulável no começo e até pensei em abandonar a leitura por conta disso. Mas a medida que avancei no livro, descobri que houve muito mais do que um distanciamento entre o casal para a separação acontecer. Pai e filha tinham uma relação muito bonita ligada a música, que virou tabu após a saída de Steve de casa, mas que, na minha opinião, rende alguns dos momentos mais legais da história e fazem conexão direta com o título.
Normalmente eu gosto da participação de crianças em histórias como essa, mas Jonah, apesar de ser um garoto meigo e muito ativo, não foi tão explorado quanto imaginei. Tive a impressão de que ele foi figurativo, para registrar a presença do irmão. Ainda assim, Jonah é responsável por uma das cenas mais legais e simbólicas do livro. O que, no final, acabou valendo a participação dele em A última música.
Por fim, o romance. Ronnie teve sorte de encontrar um garoto como Will. A protagonista comete alguns erros logo que chega a praia e pensei que o relacionamento seria com outro personagem e uma grande furada. Não gostei de Ronnie, lembrem disso, e no final achei Will bom demais para ela. No entanto, a forma como Nicholas Sparks conduz o romance foi muito perspicaz e totalmente inesperada, exatamente como um amor de verão pede.
Estaria mentindo se escrevesse aqui que Ronnie não aprendeu ou evoluiu ao longo da história. Mas a primeira impressão foi péssima e as coisas boas não foram suficientes para apagar a imagem ruim da protagonista. Steve, sem dúvida, foi o grande personagem do livro. É ele que merece nossa atenção do início ao fim, assim como sua história, de presente e passado.
Nicholas Sparks divide a narrativa entre os personagens. Ronnie é quem mais aparece, mas também temos a visão de Steve e Will. Isso traz para o livro uma dinâmica de leitura muito boa, porque como disse, a protagonista deixa muito a desejar no sentido de cativar o público e os outros personagens equilibram a história. Ainda não assisti ao filme. Não sei se vou, na verdade. Mas tenho tanta curiosidade que devo tentar, não custa nada, certo?!
Beijos!
Fotos: Nine Stecanella
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