As colinas da ira
Autor: Leon Uris
Editora: Abril Cultural
Edição: 1984
Páginas: 222
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Em 1941 os Estados Unidos ainda não tinham entrado na Guerra, mas Mike Morrison, americano de passagem por Atenas, tem que se conformar com sua sorte. Surpreendido na Grécia pela ocupação nazista e de posse, sem saber, de informações secretas dos ingleses, lança-se numa perigosa aventura ao lado dos soldados britânicos e da Resistência, aprendendo a amar o povo grego, cujo desprendimento e heroísmo começa a conhecer, assumindo sua luta. Uma lista com 17 nomes não pode cair em mãos erradas e Mike Morrisson, o escritor americano é o único que pode entregar esta lista á Resistência. Cheio de fugas mirabolantes e muitas aldeias queimadas, As Colinas da Ira transporta o leitor a um mundo que muitos de nós se querer tem idéia que pode ter acontecido.
As colinas da ira de Leon Uris foi outra boa leitura da coleção Grandes Sucessos da Abril Cultural e depois de algum tempo na fila da pautas chegou a vez de escrever sobre esse livro no Estante da Nine e deixar registrada a dica de leitura, muito porque estou curiosa pelas próximas experiências com o autor, tenho mais um livro dele na estante, de outra coleção - e vou tentar ler em 2018.
O ano é 1941 e o país cenário é a Grécia. O ponto de partida do livro é a viagem do escritor americano Mike Morrison a Europa para resolver questões legais sobre uma herança, é a através do advogado responsável pela papelada que o protagonista acaba envolvido em uma trama internacional, em meio a Segunda Guerra Mundial, onde alemães o perseguem e os ingleses não podem exatamente ajudar. Com ritmo intenso, cenas de ação envolventes (e até extraordinárias), e um enredo repleto de contratempos Leon Uris conduz a aventura de seu herói (ou quase isso).
O livro é extremamente visual, praticamente um filme de ação, e eu que até começar a coleção Grandes Sucessos não tive contato com esse gênero de livro, agora me vejo envolvida em histórias que são sim dramas, romances, suspenses e ficções históricas, mas além de tudo ação e As colinas da ira me ganhou justamente por isso: Mike Morrison não pode vacilar. A cada dia, a cada situação, uma de suas decisões gera reação que leva a um outro caminho, e é por isso que a história flui tão rápida. Eu a todo momento quis saber a próxima reviravolta, mesmo que não concordasse com a decisão do protagonista.
A Grécia como cenário durante a Segunda Guerra Mundial também foi um ponto positivo da experiência de leitura, porque a trama é diferente do campo de batalha: é mais sutil e ideológica do que violenta, embora o livro tenha sim algumas cenas pesadas. O povo grego foi retratado com muita braveza por Leon Uris, em certos momentos até ingênuo, mas sem dúvida uma nação nobre. Eu que já tinha curiosidade pela parte antiga do país me peguei pensado na Grécia de 2018 e como ela é agora.
Alguns momento do livro são convenientes e não pude ignorar isso durante a leitura, mas como toda história de fuga parece requerer cenas impossíveis isso ao final não comprometeu a experiência como um todo. Mais uma vez o povo grego se destaca como um importante aliado na missão de Mike Morrison, que é no fim das contas salvar sua vida, claro, mas também impedir os nazistas de capturarem o tão importante documento dos ingleses.
Meu único porém com a história foi o romance. Sim, sempre o romance. Não fosse por isso talvez entrasse para os favoritos. O fato é que o personagem começa o livro precisando enfrentar um drama pessoal envolvendo a esposa e o romance fecha o ciclo, então faz sentido. Ao mesmo tempo, diante de toda fuga e toda a situação vivida por Mike Morrison parece complicado que um amor verdadeiro comece em meio ao caos, sabe? Pode acontecer, claro, é ficção afinal, mas nesse caso não me convenceu.
No geral As colinas da ira foi uma ótima experiência de leitura, principalmente por trazer para a minha rotina de livros um tipo de enredo que antes não era frequentes. O ritmo envolvente, um personagem que parece comum, mas se mostra muito resistente e um cenário e povo que trazem um tom diferente a Segunda Guerra sem dúvida fizeram valer essa experiência. E vocês, já leram Leon Uris?
Beijos!
Fotos: Nine Stecanella
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