Uma das melhores coisas da vida adulta é olhar para trás e entender que muitas situações aconteceram porque tinham de acontecer. É compreender que cada um de nós é plural e não pode ser definido por uma palavra, frase, gosto musical ou estilo de vestir (influência de Bauman ainda nos tempos de faculdade). A vida adulta também proporciona certas percepções que quando somos adolescente e jovens, muitas vezes, não pudemos captar. E hoje eu resolvi sentar para escrever como minha relação com a internet mudou (e melhorou) nos últimos anos.
Primeiro vamos voltar no tempo. Eu nasci no final dos anos 1980 e já na década seguinte os computadores começaram a se popularizar. Porém, meus pais não tinham dinheiro para comprar um e meus primeiros contatos com essa máquina maravilhosa aconteceram na casa de amigas. E é ainda que começa minha relação conturbada com a internet: eu tinha acesso limitado e condicionado pelo o que as minhas amigas, donas de computador, desejavam fazer e ver. Eu não tive, na fase inicial, autonomia para explorar e descobrir o que realmente me interessava, mesmo que na época o acesso fosse limitado. Quem aí lembra o perrengue que era usar internet discada?
A segunda fase foi o computador dividido entre toda a família ainda na época da internet discada. O resultado: ficava online 15 minutos no MSN porque logo era a vez do próximo usar no horário mais barato da conexão e todos tinham que fazer tudo numa tarde de domingo. No final das contas ninguém fazia nada de útil ou interessante. Apenas aos 18 anos, quando entrei na faculdade, é que ganhei meu primeiro computador (só meu, que na verdade precisei dividir com meu irmão), e aí as coisas começaram a oscilar entre o bem e o mau, hehehehe.
O que você quer dizer com isso Nine? Quero dizer que minha relação com a internet sempre teve como base a experiência de outras pessoas e não a minha própria. Lógico que eu fazia comparações. Lógico que eu me perguntava porque fulano tinha X amigos no Orkut e eu não. Porque a colega Y escreveu um depoimento maravilhoso para a outra colega Z e não para mim. Já em tempos de Facebook (que muito relutante fiz meu perfil só quando o Orkut acabou), a felicidade forçada dos outros me incomodava. Também me chateava o fato de eu desejar algo simples, não ter como comprar e olhar minha timeline cheia de coisas caras e inúteis que as pessoas fazia questão de publicar. Já deu pra entender onde eu quero chegar, né?!
Por muito tempo eu deixei que as redes sociais moderassem e influenciassem no meu humor e ânimo. E estaria mentindo se dissesse que não acontece ainda vez ou outra. Mas o que tenho pensando a aplicado na minha vida especialmente nos últimos dois anos é que eu não posso comparar a minha realidade com a de outra pessoa. Não temos a mesma vida, as mesmas condições, o mesmo dinheiro e até os mesmos interesses ou sonhos.
Tenho tentando aplicar ao blog e ao canal a mesma atitude. Quem acompanha o Estante da Nine há algum tempo já deve ter notado certas crises existenciais minhas que se refletem por aqui. Me cobro e me culpo por ter a página e a conta no Youtube há tanto tempo e não poder viver disso. Mas a verdade é que quando criei o blog minha intenção não era essa e, para falar a verdade com vocês, ainda não me sinto preparada para transformar isso no meu trabalho pelo simples fato de que não consigo bloggar ou gravar por obrigação. E o blog e o canal como fonte de renda, a mesma renda que vai pagar as contas do mês, exige disciplina e foco, coisas que ainda estou construindo.
Por muito tempo eu deixei que as redes sociais moderassem e influenciassem no meu humor e ânimo. E estaria mentindo se dissesse que não acontece ainda vez ou outra. Mas o que tenho pensando a aplicado na minha vida especialmente nos últimos dois anos é que eu não posso comparar a minha realidade com a de outra pessoa. Não temos a mesma vida, as mesmas condições, o mesmo dinheiro e até os mesmos interesses ou sonhos.
Tenho tentando aplicar ao blog e ao canal a mesma atitude. Quem acompanha o Estante da Nine há algum tempo já deve ter notado certas crises existenciais minhas que se refletem por aqui. Me cobro e me culpo por ter a página e a conta no Youtube há tanto tempo e não poder viver disso. Mas a verdade é que quando criei o blog minha intenção não era essa e, para falar a verdade com vocês, ainda não me sinto preparada para transformar isso no meu trabalho pelo simples fato de que não consigo bloggar ou gravar por obrigação. E o blog e o canal como fonte de renda, a mesma renda que vai pagar as contas do mês, exige disciplina e foco, coisas que ainda estou construindo.
O que eu quis dizer com tudo isso? Que hoje, aos 28 anos (os 29 já estão batendo na porta), eu sou mais seletiva no que acompanho na internet. E também sou mais consciente sobre a influência que todas as redes sociais, blogs e canais têm sobre mim. Inclusive o meu próprio. Se estou sem ânimo tudo bem não gravar um vídeo novo ou escrever uma resenha. Não quero ficar online por esses dias? Ok. Não é como se eu fosse ser banida da face da terra por não acessar o Facebook ou Instagram.
Meu canal e meu blog não são sucesso e não pagam minhas contas?! Tudo certo, tenho amigos e leitores fieis que estão sempre aqui comigo, não tenho haters e me sinto livre para ser sincera e escrever sobre o que eu quiser por aqui, como esse texto. Tudo bem não ter a casa de novela ou o escritório de revista. Tudo o que tenho trabalhei e suei bastante para conseguir e essa realização não tem preço. A gente tem só uma vida pra ser feliz, então não vale a pena perder tempo com aquilo que não nos agrega, certo?
Beijos!
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