16 de janeiro de 2015

Pietr, o letão de Georges Simenon


Pietr, o letão 
(#1 Comissário Maigret)
Autor: Georges Simenon
Editora: Companhia das Letras
Edição: 2014
Páginas: 168
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Comissário Maigret
Pietr, o letão é o primeiro romance protagonizado pelo comissário Maigret. Após um corpo ser encontrado no banheiro de um trem, o detetive é levado de bares sombrios a hotéis de luxo enquanto investiga a verdadeira identidade de Pietr, o letão suspeito do crime.

Oi gente, tudo bem? Hoje vou compartilhar minha primeira experiência com Georges Simenon e o livro Pietr, o letão, a primeira história com o protagonista Maigret. Como já comentei algumas vezes, o gênero policial/ mistério é meu favorito e o autor é um dos expoentes do gênero. Nascido na Bélgica, Simenon é o quarto autor da língua francesa mais traduzido no mundo. Já posso adiantar que gostei do livro, mas, acima de tudo, adorei Maigret.

A história gira em torno de um letão que é mestre em aplicar golpes financeiros por todo mundo. Após receber um telegrama sobre a partida do homem de Bremen rumo a Paris, Maigret prepara-se para prender o criminoso que vem transitando com certa tranquilidade pelas principais cidades do mundo. Mas é lógico que as coisas não são nada fáceis para o detetive e, logo nas primeiras páginas, um assassinato coloca em questão a verdadeira identidade de Pietr.


Como comentei no vídeo de leituras do mês, não achei o caso (o mistério) tão interessante assim. Outras características do livro me chamaram mais a atenção e fizeram valer a leitura, como o cenário – as primeiras décadas do século XX – a cidade e os costumes da época. Além disso, o processo de investigação é muito mais turbulento sem a ajuda da tecnologia e a atenção e o tino do detetive contam muito para a evolução do caso.

O ponto alto do livro, sem dúvida, foi Maigret. Felizmente ele não me lembrou de nenhum outro detetive da literatura e tem uma característica que aprecio muito: ele gosta de acompanhar as diversas situações in loco. Assim, andamos pelas ruas, becos e vielas com o personagem; conhecemos a aristocracia, os imigrantes e os serviçais; entendemos parte das informações e como o cenário geral se forma, mas, é claro, nosso protagonista tem “aquela” mágica de reunir todas as peças. E apesar da grande dedicação ao trabalho, também percebemos traços da personalidade de Maigret como marido, amigo e colega. Seus hábitos e manias. Achei o personagem extremamente humano.

O livro é narrado em terceira pessoa e apesar do começo lento, a leitura flui rapidamente após algumas páginas. Minha maior dificuldade foi assimilar as muitas palavras francesas, como nome de ruas e locais importantes. Porém, para quem gosta do país ou já visitou Paris, acredito que será mais dinâmico, porque muitos cenários que Simenon coloca no livro são tradicionalmente presentes em outras obras ou em situações cotidiana (livros, filmes, notícias).


A minha edição é da Companhia das Letras, que está lançando a coleção em formato de bolso e devo ressaltar a qualidade do livro. Com exceção das orelhas (abas), o capricho é o mesmo que a editora tem com títulos de outros selos: boa diagramação (com ótimo espaço nas laterais para que você não precise quase desmontar o livro ao ler), páginas amarelas em papel Pólen Soft e boa revisão (não anotei erros). Além disso, adorei a capa. Certamente ela representa o livro e traz o clima invernal que a história tem. Também solicitei para a editora A cabeça de um homem, mas pretendo ler em ordem cronológica, então vou pesquisar os outros livros entre eles e, em breve, teremos outra resenha de Georges Simenon por aqui.

Beijos!
Fotos: Nine Stecanella
*Livro recebido da editora Companhia das Letras
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