Incendeia-me
#3 Estilhaça-me
O medo vai aprender a me temer
Autora: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Edição: 2014
Páginas: 384
Skoob | Goodreads
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Estilhaça-me de Tahereh Mafi
O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi a única que restou no caminho d'O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.
Que demora e que difícil escrever este post. Por quê? Porque o livro foi uma COMPLETA decepção. E como é o terceiro e final da trilogia Estilhaça-me, tentarei ser objetiva e clara no que me desagradou sem spoilers, ok?! Primeiro de tudo, nunca escondi que meu personagem favorito era Warner (Adam sempre me pareceu estranhamente perfeito), e isso aconteceu por uma razão: o vilão era autêntico e verdadeiro, gostassem ou não dele. Porém, já em Liberta-me (e nos contos), percebemos que Tahereh Mafi faz uma curva brusca na personalidade de Warner e isso se acentua DEMAIS em Incendeia-me. Para justificar, ela reconta cenas do primeiro livro. Sinceramente, detestei a escolha que a autora fez e a explicação de acontecimentos passados me pareceu forçada e sem sentido. Warner não era mais “o Warner”.
O livro tem 384 páginas e em pelo menos 300 delas ainda estamos no dilema de Juliette: “Gosto do Warner, não quero magoar Adam, quero ficar com o Warner, mas não quero perder Adam”. Não, isso não é spoiler porque acontece desde de Liberta-me. Acreditei, de verdade, que ao chegar no último livro Tahereh Mafi daria foco a guerra que está prestes a explodir. Que engano. Se você gosta e espera por ação, delicie-se com as cenas de Liberta-me, porque Incendeia-me deixa muito a desejar nesse quesito.
Fiz essa leitura com a Mah e o Henri e, por incrível que pareça, nossas reações eram exatamente iguais. Apesar da escrita de Tahereh Mafi ser ótima, o livro é cansativo, principalmente na parte inicial. Outro ponto que me incomodou foi Juliette. Nunca simpatizei com a personagem, isso é fato. Mas passamos dois livros entendendo a personalidade confusa dela e seus traumas e, quando começa Incendeia-me, ela é a mais madura, preparada e qualificada para acabar com o Restabelecimento. Jura? É sério mesmo? Se pensarmos no quesito poder, até acho que Juliette é mesmo a peça chave, mas todo resto me pareceu alucinação da autora (Tahereh, qual seu estado emocional quando escreveu esse livro?).
Depois do toda a enrolação inicial chegamos a parte que realmente importa. E ela passa tão rápido quanto um estalar de dedos. Sem contar que algumas cenas achei extremamente desnecessárias e infelizmente não posso comentar sobre o teor delas, seria um HIPER spoiler. A desconstrução dos personagens e até mesmo do contexto da série foi difícil mesmo de aceitar. Sei que muitos gostaram e, de novo, voltamos ao ponto de que opinião é pessoal, mas Incendeia-me não funcionou comigo. E para você que quer ler ou está lendo a série, não desanime, apenas não alimente tantas expectativas quanto ao final. Gostei de Estilhaça-me e Liberta-me, apesar da decepção do último volume.
A edição está linda. A Novo Conceito publicou Incendeia-me com a capa americana mais recente e fez sobrecapas para os volumes anteriores; a diagramação interna segue o padrão dos demais livros. A revisão, no entanto, deixou passar mais erros do que normalmente. Talvez pelo prazo de lançamento, talvez pela extensão do livro. Mas uma relida na frase já esclarece a dúvida.
Beijos!
Beijos!
Foto: Nine Stecanella
*Livro recebido da editora Novo Conceito
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