21 de janeiro de 2016

Desapegar é bom (e usar as coisas paradas melhor ainda)

Oi gente, tudo bem? No final de 2015 eu anotei no meu caderno da pautas do Estante da Nine a ideia de escrever um post sobre desapego. Há alguns dias a Mari Dal Chico e o Marcos Tavares comentaram sobre o tema no Snapchat (sigam eles por lá, o meu é ninestecanella), e motivada pelos dois resolvi finalmente compartilhar minha experiência sobre desapegar. E para isso é preciso voltar alguns anos no tempo...

Desde pequena eu adoro guardar minhas coisas. Tenho até hoje minhas bonecas, ursos, jogos e brinquedos, inteiros ou em partes, que foram especiais na minha infância (a maioria guardados na casa da mãe, quem nunca?). Só por esse pequeno relato vocês podem imaginar o quanto foi difícil começar a praticar o desapego, né?! 

Durante o tempo em que morei com meus pais (juntos ou separados), e por não ter casa própria na época, a forma que eles encontraram para livrar meu quarto do acúmulo foi a mudança. Desta forma, por conta da bagunça dos primeiros dias eu me concentrava no que era mais importante e quando questionava meus pais sobre várias coisas terem sumido a real é que não tinha mais solução, tudo já estava no lixo há tempos.


Durante a adolescência e início da juventude continuou extremamente difícil abrir mão das coisas. E eu só me conscientizei da situação quando o Rodrigo e eu começamos nossa mudança para o apartamento em 2012. Aí sim minha ficha caiu. Tantas roupas e calçados novos e nunca usados, maquiagem pruma vida toda, filmes que não lembrava de ter na coleção e livros, ah os livros. Essa parte foi a mais chocante, sem dúvida.

Os primeiros passos para o desapego começaram ali. E logo numa mudança, algo que por boa parte da minha vida eu odiei, hehehe. As primeiras pilhas de doações, vendas ou lixo foram singelas, mas ano a ano eu ampliei minha visão sobre o tema. Porque gente, desapegar é bom demaisMas não, não é fácil no início.

Além de praticar o desapego, desde o ano passado estou em luta com outro hábito ruim: o de comprar coisas lindas, que ficam paradas porque eu tenho pena de usar. Exatamente por isso reuni os dois assuntos num post só. Se 2015 não foi bom no geral, posso comemorar porque evolui em dois assuntos essenciais para melhorar a vida e a casa. Porque sim, desapegar deixa tudo mais leve. 


Se você aí do outro lado que está lendo esse texto tem dificuldade em desapegar minha dica é: comece aos poucos. Sempre que tiver um tempo extra faça uma geral num cômodo da casa, separe o que você realmente usa e quer manter, e o resto destine para a venda, doação ou lixo. Leve em consideração que coisas paradas há muito tempo provavelmente vão continuar assim e se não são mais uteis para você, certamente podem ajudar alguém. 

Outro benefício em desapegar é manter só o que você realmente gosta e usa em casa e nas suas coleções. Por viver numa sociedade de consumo e capitalista é claro que estamos constantemente desejando coisas novas. O desapego ajuda não só a fazer aquela limpa na casa, como também mostra a cada um de nós o que realmente precisamos e o que vale a pena investir. Hoje em dia eu prefiro ter menos (roupas, livros, maquiagens, calçados, etc.) e usar tudo, do que ter os armários explodindo com itens inúteis. 

Gente, basicamente o resumo da minha experiência com o desapego é esse. Hoje em dia eu vivo organizando a casa e o que não é útil vai embora fácil fácil. Além disso, e até pelo ano de recesso financeiro, sem dúvida aprendi a usar melhor o dinheiro, comprar coisas diferentes do que tenho e deixar os impulsos consumistas de lado. E o mais importante: desapegar é um hábito que precisamos incorporar na nossa rotina e manter. Não é fácil, não é rápido e não é de uma hora para outra, mas o resultado vale o esforço. E você, como lida com o desapego?

Beijos!
*Fotos: Nine Stecanella

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