15 de junho de 2015

A morte de Sarai de J. A. Redmerski



A morte de Sarai
(#1 Na companhia de assassinos)
Autora: J. A. Redmerski
Editora: Suma de Letras
Edição: 2015
Páginas: 255
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Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte. Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo.

Hoje é dia de conversarmos sobre um livro que foi uma das grandes surpresas do ano (até agora): A morte de Sarai de J. A. Redmerski, lançado pela Suma de Letras. Eu gostei tanto da história que este será um daqueles textos extremamente tendenciosos com o objetivo de despertar a curiosidade em todos vocês, hehehe. Eu ainda não li Entre o agora e o nunca, também da autora, sucesso do segmento novo adulto, mas se você já é fã, existe uma grande possibilidade de também adorar a história de Sarai.


No livro conhecemos Sarai, filha de mãe viciada, ela contava os dias para terminar o ensino médio, entrar para a faculdade e deixar seu passado precário para trás. Aos 14 anos, Sarai e a mãe viajam para o México para viver junto com Javier, um traficante, e após a morte de sua mãe, Sarai se vê prisioneira, em outro país, presenciando abuso, violência e execuções diariamente. Apesar de ter “privilégios”, Sarai nunca desistiu da ideia de fugir e o livro começa quando a oportunidade de mudar sua vida (mais uma vez), nove anos depois, chega ao complexo de Javier: um assassino chamado Victor.

O primeiro ponto positivo sobre o livro é a narrativa. Adorei a maneira que J. A. Redmerski conta a história, intercalando a visão de Sarai e Victor, contextualizando o leitor e construindo a personalidade de cada um. Sarai, por tudo que viveu, é uma protagonista forte, mas tem seus medos e inseguranças. Victor, por outro lado, foi recrutado ainda criança pela ordem e é o tipo de personagem que não demonstra nenhum sentimento (por vários momentos, até humanidade). Logo a combinação de Sarai e Victor rende desde cenas tensas (tensas de verdade), até cenas engraçadas e sensuais.

Sempre fui assim, desde que me conheço por gente. E odeio isso. Nunca grito, xingo, quebro coisas ou bato em alguém. Eu choro. Toda maldita vez.
página 48

A escolha do tema também é interessante. Apesar de ser um assunto atual, é a primeira vez que eu leio uma história envolvendo tráfico de drogas e mulheres. Um aspecto fundamental na minha experiência de leitura de A morte de Sarai foi a parte psicológica. Eu não consigo nem mensurar uma situação como a vivida por Sarai, mas Javier, Victor e outros personagens também demonstram como esse submundo afeta mentalmente as pessoas. Eles vivem sob outras perspectivas e regras e a autora consegue passar muito bem essas ideias ao longo da história.


Ação é o que não falta. Na verdade, o livro tem um ritmo de leitura intenso porque há também no enredo uma sequência de cenas que dão à história um movimento quase perceptível. Em nenhum momento senti uma queda de ritmo ou até mesmo capítulos de enrolação. Tudo que J. A. Redmerski escreveu tem seu lugar e motivo. Há também aqueles trechos em que Sarai toma decisões e conta partes de sua história que me deixaram chocada e, apesar de não compreender 100%, tentei imaginar o que uma vida em cativeiro e limitação pode fazer com a cabeça de uma pessoa.

Claro que o final não foi aquele que eu desejei, mas gostei muito da escolha de J. A. Redmerski, porque já dá um gostinho do que encontraremos em O retorno de Izabel. A combinação de ação, drama e sensualidade funcionou muito bem em A morte de Sarai e até pelo tema “inusitado” recomendo a leitura para todos vocês. Minha nota no Skoob foi de cinco estrelas e, claro, favorito. Fiquei muito empolgada para conhecer mais do trabalho da autora. A edição da Suma de Letras mantém a foto da edição americana na capa. O livro tem boa fonte (apesar de ser menor do que normalmente vejo em outros livros), e entrelinha – as páginas são amareladas e não anotei erros de revisão.


Agora eu quero saber de vocês, quem já leu A morte de Sarai? Compartilhe a opinião nos comentários para debatermos sobre o livro. Você que ainda não leu, ficou interessado? E sobre a resenha, ajudou a tirar alguma dúvida ou despertou a curiosidade? Até a próxima.

Beijos!

Fotos: Nine Stecanella
*Livro recebido da editora Suma de Letras
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