3 de dezembro de 2013

Lenny Cyrus, o supervírus de Joe Schreiber





Lenny Cyrus, o supervírus
Autor: Joe Schreiber
Editora: Globo Livros
Edição: 2013
Páginas: 272
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O que você seria capaz de fazer para conquistar seu grande amor? A maioria das pessoas provavelmente pensaria em comprar flores ou chocolates. Uma ou outra apostaria em um jantar a dois ou numa declaração de amor escrita num papel perfumado. Mas encolher-se quanticamente a ponto de entrar na corrente sanguínea do ser amado para ter a chance de convencer os neurônios dele a se apaixonarem por você – essa ideia só poderia sair da cabeça de um gênio de 13 anos como Lenny Cyrus. Inspirado nos filmes Viagem Insólita (1987) e Querida, encolhi as crianças (1989), Lenny cyrus, o supervírus conta a história alternando os pontos de vista de Zooey, Harlan e do próprio Lenny, que lidam não apenas com paixões não correspondidas, mas com ciúmes, expectativas, relacionamentos complicados com os pais e com os colegas mais valentões, e com outros de dramas típicos da adolescência.

Quando li a sinopse de Lenny Cyrus, o supervírus não tinha ideia de como o livro poderia ser divertido e fantasioso, mas ainda assim uma ótima aventura infanto-juvenil. Joe Schreiber usa o corpo humano para criar o grande desafio de Lenny, que se mostra muito mais complexo do que ele imaginava no princípio.

Lenny tem uma grande ideia: o garoto resolve se encolher até o tamanho de um vírus, entrar na corrente sanguínea de Zooey, sua amiga de escola e grande paixão e declarar seu amor aos neurônios da menina, para que ela saiba, finalmente, o que ele sente por ela. Harlan, o melhor amigo, não gosta nada da ideia, mas quando se opõe, já é tarde demais, Lenny desapareceu. 

Apesar de ser um livro infanto-juvenil, Joe Schreiber trabalhou bem a ideia da falta de sociabilidade de Lenny, que tem apenas um amigo, e da relação do protagonista com Zooey, que anos atrás o salvou de garotos da escola que tentavam agredi-lo. E este é um dos principais motivos pela qual Lenny não consegue expor seus sentimentos pela garota e resolve bolar um plano mirabolante.

Outro ponto interessante, que não foi tão explorado no livro, mas poderia, é a relação de Lenny com os pais, físicos importantíssimos, vencedores do prêmio Nobel, que tratam o filho mais como um objeto, que deve seguir os mesmos passos, do que como uma criança ou adolescente com dificuldades, receios e sentimentos.

Joe Schreiber não facilitou as coisas para Lenny (nem para Zooey e Harlan). O plano foi relativamente fácil, mas, depois disso, muitos contratempos acontecem. Apesar de ser surreal imaginar Lenny dentro do corpo de Zooey, algumas cenas engraçadas dão leveza ao livro. Enquanto isso, do lado de fora, Harlan tenta explicar a situação aos pais do garoto e Zooey começa, repentinamente, a sentir-se muito mal. 

A trama destes três personagens é envolvente, mas alguns pontos da amizade poderiam ter sido mais explorados, assim como a relação de Lenny com os pais. Apesar disso, é uma ótima leitura para jovens, principalmente para aqueles que gostam de uma pitada de ficção científica e cenas surreais. 

A edição da Globo Livros está ótima. As cores da capa, amarelo e verde, combinam com o clima do livro (apesar de Lenny viajar pela corrente sanguínea, que é vermelha). Os capítulos são divididos pela visão de cada um dos três personagens, então é preciso de atenção para não se perder na linha de tempo da história. O livro tem páginas amarelas e boa diagramação. Ficou interessado? Deixe sua opinião.

Beijos!
*Livro recebido da editora Globo Livros
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