21 de agosto de 2021

Rebecca - dirigido por Alfred Hitchcock



Rebecca
(Rebecca)
Direção: Alfred Hitchcock
Produção: Selznick International Pictures
Ano: 1940
Duração: 130 minutos
Filmow | IMDb

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Rebecca de Daphne Du Maurier

Passou um ano desde a última dupla de textos para o Desafio livros e seus filmes e como já escrevi sobre Rebecca de Daphne Du Maurier, hoje é dia de comentar sobre a versão da história de 1940 dirigida por Alfred Hitchcock (e também sobre o remake de 2020 de Ben Wheatley para a Netflix).

O ponto de partida do enredo segue a ideia do livro: o casal protagonista se conhece em Monte Carlo com vidas distintas: ela trabalhando para uma rica excêntrica depois da morte dos pais e ele, Maxim de Winter, recém viúvo enfrenta o trauma da perda da primeira esposa, Rebecca. Nesse contexto tumultuado que os personagens se aproximam, passam alguns dias juntos e no dia da partida o pedido de casamento é feito. Nasce uma nova sr. de Winter.

Rebecca entrou para a lista dos meus filmes favoritos de Hitchcock porque mantém o clima de suspense do início ao fim, o preto e branco da filmagem acentua essa ambientação, que também conta com uma mansão sinistramente bela e personagens nada confiáveis. A partir da chegada em Manderley, casa da família de Winter, é que o drama na vida da protagonista aumenta, bem como as crises de personalidade de Maxim.


Rebecca não aparece em nenhum momento do filme (assim como no livro), e a construção da personagem e de sua personalidade é um dos pontos fortes da história. A opinião sobre essa mulher tão marcante que parece unânime a princípio se mostra múltipla no decorrer da história e a influência dela sobre todos é como um fantasma vivo durante todo filme.

Outro ponto positivo do enredo é a construção da nova sr. de Winter, isso porquê como no livro o nome dela praticamente não é citado, ela vive à sombra da chefe e depois da primeira mulher do marido e conforme Maxim vai se revelando, e também fatos sobre o casamento anterior, é que enfim assume uma postura, mesmo que os motivos sejam questionáveis.

A adaptação de Alfred Hitchcock segue por uma caminho sombrio e quase de terror psicológico, o que combinou demais com o enredo original de Daphne Du Maurier. O filme agrupa algumas cenas, reduz o núcleo de personagens da comunidade, e compacta de certa forma o tempo da história, mas mantém os elementos principais e como no livro, o final me deixou dividida.

A versão de Ben Wheatley para a Netflix em 2020 tem partes interessantes, mantém os segredos no casamento, a admiração da comunidade sobre Rebecca e o tom de suspense durante a história, mas peca em envolvimento e empatia.

A versão de 2020 também faz algumas atualizações na história, como o figurino dos personagens, o cenário e também no relacionamento do casal, que na versão de Alfred Hitchcock é mais formal e na adaptação de Ben Wheatley é retratada com mais intimidade e sentimentalismo.

Rebecca - livro e filme, foi uma experiência ótima e ambos recomendados para quem gosta de histórias de suspense e drama psicológico, sociedade, relacionamentos conturbados e tramas de segredo e mistério familiar. Já leu ou assistiu Rebecca?

Vlog de leitura  e comentários sobre as adaptações de Rebecca

Beijos!
Foto: Divulgação
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2 comentários:

  1. Esses filmes antigos são muito melhores que os remakes atuais, o filme as vezes era mais lento o que contribuía para o clima, hoje em dia é tudo tão corrido que fica até difícil prestar atenção na história. Rebecca está na minha lista de livros que quero ler na vida, mas estou esperando alguma editora lançar uma edição decente do livro.

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    Respostas
    1. Oi Cris! Rebecca é daquelas história que não deveriam ter saído de catálogo. Um dos motivos de querer crescer o blog é pra também chamar a atenção das editoras para os livros de sebo que tanto leio e não tem edições disponíveis.
      Sobre as adaptações sem dúvidas as antigas que vi até agora são mais complexas e interessantes que as atuais, que entregam tudo pronto pro telespectador.

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