15 de janeiro de 2023

Lendo Kate Chopin e H.G. Wells (e o primeiro favorito do ano)!

Bem vindos de volta ao Estante da Nine. O ano por aqui começou produtivo com meta de 12 livros para ler em 2023 e essa semana publiquei no canal o primeiro vídeo do projeto Leitura todo dia desta nova temporada. Os contos da Literatura Descoberta seguem como meus aliados nos dias de trabalho e nos intervalos maiores aí os romances ganham espaço. Minha leitura atual é Poliana Moça de Eleanor H. Porter.

O tema do vlog de leitura da semana é de volta a rotina. A ideia do projeto Leitura todo dia desde o começo, lá em 2015 ou 2016, foi compartilhar uma relação saudável com a leitura, mesmo com estudos, trabalho e família, e depois de alguns anos de confusão e vida bagunçada, finalmente 2022 foi promissor para a volta dos hábitos e a ideia é consolidar em 2023.

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Durante a manhã, no intervalo do café, li o conto O beijo de Kate Chopin. A história fala sobre um triangulo amoroso entre uma jovem interessada em um casamento bem sucedido com um jovem rico, enquanto gosta de um rapaz próximo da família, mas sem as condições que ela ambiciona. Após um beijo inconveniente que pode colocar tudo a perder, a protagonista precisa fazer uma escolha e abrir mão de um caminho pelo outro. Um conto rápido e afiado sobre ambição, amor e dinheiro.

O segundo conto do vídeo e primeira história favorita do ano é A terra dos cegos de H.G. Wells, um enredo muito interessante sobre um grupo de pessoas que ficaram isoladas em uma região erma dos Andes durante a colonização e com o passar das gerações essa comunidade perdeu a visão. Há gerações estão adaptados a viver sem enxergar quando muito tempo depois, cerca de 15 gerações, um alpinista perdido e cai do penhasco encontra esse lugar isolado. Ao perceber que todos são cegos acredita que logo será o rei do lugar.


A terra dos cegos é um conto muito simbólico sobre uma condição específica, não enxergar, sobre a dificuldade de comunicação entre um homem que tem a habilidade de ver e entende seu valor, ao mesmo tempo que essa função há muito não existe na vida das pessoas da comunidade, eles nasceram adaptados e sem conhecer esse sentido e portanto não sabem o que significa céu noturno, sol e belas paisagens. Vivem uma vida simples, feliz e de contemplação isolados e isso tem valor.

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H.G. Wells escreve uma analogia sobre a dificuldade de comunicação entre pessoas de mundos distintos que coabitam o mesmo planeta e não é diferente da polarização que existe hoje na política, na economia e na gestão dos negócios, por exemplo. Questões culturais e religiosas muitas vezes também são barreiras para a comunicação e entendimento entre os grupos, e muitas vezes apesar da tentativa de interação não se mantém de fato uma conexão ou diálogo. Em outros casos há ruptura total de contato.

O primeiro conteúdo do Leitura todo dia de 2023 era para ser curto e marcar a volta das atividades, e como no vídeo, por aqui também escrevi bastante sobre A terra dos cegos. Espero compartilhar muitos temas interessantes ao longo do ano e conto com a participação dos leitores por aqui para trocarmos ideias de livros, filmes, séries e garimpos incríveis.

Lendo Kate Chopin e H.G. Wells (e o primeiro favorito do ano)! 

Beijos!

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