14 de outubro de 2022

Pinóquio de Carlo Collodi


Pinóquio
Autor: Carlo Collodi
Tradução: Max Welcman
Editora: Ciranda Cultural
Edição: 2019
Páginas: 160
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Pinóquio era apenas um pedaço de madeira que misteriosamente apareceu na casa do mestre Cereja. Gepeto era um carpinteiro que queria esculpir um boneco e foi até o mestre para pedir-lhe algum material. Voltou para casa e deu-lhe o nome de Pinóquio. Porém, ele não era um boneco como os outros: falava, andava e comia como qualquer pessoa. Além disso, se envolvia em diversas confusões enquanto tentava se tornar um menino.

Pinóquio foi mais uma experiência surpreendente com um clássico infantil. O pouco que conhecia sobre o enredo não se compara a jornada real do personagem e é por isso que depois de um bom tempo, e com várias pautas na fila, conclui o livro e sentei para escrever as principais impressões e também porque recomendo a leitura.

Carlo Collodi apresenta Pinóquio antes mesmo dele ser um boneco. A história começa na casa de um artesão que possui um pedaço de madeira muito travesso. Gepeto visita o homem em busca de ajuda e depois de uma pequena confusão leva para casa o pedaço de madeira que foi pedir ao amigo. Sim, aquele travesso. E é assim que começa a jornada dos dois personagens (e do leitor também).

Pinóquio de Carlo Collodi é uma leitura para o projeto Desafio livros e seus filmes

Gepeto esculpe Pinóquio em busca de companhia, de motivação talvez. E desde as primeiras cenas o boneco desafia as ordens do criador e desobedece as orientações. Tudo que o artesão mais quer é que Pinóquio se torne um menino e é isso que pede a estrela cadente. A magia acontece, mas não completamente, e começa assim a aventura do boneco de madeira.

A desobediência de Pinóquio é irritante e a primeira impressão do personagem é negativa (como em outros clássicos infantis). Gepeto é extremamente pobre, e não mede esforços para dar ao boneco a vida de um menino. É a caminho da escola que Pinóquio desvia pela primeira vez de uma ordem muito importante. O livro carrega a ambiguidade do bem e mau desde os primeiros capítulos e durante a aventura do protagonista aparecem influências negativas e positivas, as escolhas de Pinóquio a cada etapa e suas consequências de cada uma.



Um ponto muito importante é que Carlo Collodi escreve um Pinóquio travesso e curioso, que se deixa enganar por propostas fáceis, mas também carrega consigo a bondade, que resulta em novas escolhas e outros caminhos, perto ou longe do objetivo final, mas sempre em frete em busca de algo melhor e para fugir do perigo.

O livro tem cenas violentas e sangrentas, lúdicas para crianças e cheias de ambiguidade para os adultos. Aliás, Pinóquio é um livro para todas as idades, porque mensagens significativas são enviadas aos adultos, principalmente a importâncias de manter as crianças protegidas e disciplinadas. A mensagem é clara: quem não estuda, vadia e apronta não tem boas perspectivas e as chances são a prisão ou a morte.

A jornada de Pinóquio é cheia de contratempos, perigos e decisões erradas, mas também repleta de aprendizados, amizades e bons sentimentos. As travessuras e a gratidão pelos esforços de Gepeto são alguns dos fardos carregados pelo personagens e o final, com uma dose de perigo, prova que o bom coração prevalece. Já leu (ou assistiu) Pinóquio?

Beijos!

Foto: Nine Stecanella
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2 comentários:


  1. Como você mesmo coloca Pinóquio é uma jornada cheia de contratempos, tomadas de decisões erradas, mas também repleta de aprendizagem e bons sentimentos.
    O livro Pinóquio um clássico para que aprendemos através do contar do livro tirar boas lições e o que atualmente estamos precisando.

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